Luiz Antonio Batista da Rocha
Como adquirir o Caderno Especial: Amazônia e Bioeconomia"?
Rafael Tamanho
Pensando em indústria de transformação na Amazônia e sabedores que a logistica hoje na Amazônia é muito cara e precária, o que o Professor e a Ana prospectam para a solução desta deficiência através dos avanços tecnológicos?
Carlos Nobre: Exatamente, pensando que houve uma enorme queda de custo das tecnológicas Indústria 4.0. Havendo industrialização o curso de logística por unidade de produção também cai consideravelmente. Benefício de industrialização.
Ricardo Abramovay
Que engenheiros e economistas se voltem a estudar a natureza (não simplesmente como recurso) é fundamental para o desenvolvimento sustentável. Parabéns pelo evento.
Carlos Nobre: Muito bom e de acordo. Por exemplo, no MIT há bastante tempo todos os estudantes de engenharia fazem o curso de sustentabilidade. Hoje, há que se acrescentar o curso de Nature-based solutions para os grandes problemas de clima, biodiversidade, Amazônia.
Ricardo Abramovay
Para Ana e Carlos: qual a importância da cooperação internacional para fortalecer a bioeconomia? Incluindo aí os países amazônicos. O que há neste sentido?
Carlos Nobre: Sim, temos que pensar num modelo Pan-Amazônico para criar esta nova bioeconomia de floresta em pé. Uma colaboração ativa no desenvolvimento científico e tecnológico necessário. Chama atenção o conceito de criação do "Instituto de Tecnologia da Amazônia", um "MIT para a Amazônia". Um instituto de CT&I avançados buscando todas as soluções para manter a floresta em pé, desenvolver a nova bioeconomia e para uma infraestrutura sustentável. Com recursos de uma filantropia, o IEA irá iniciar um estudo de viabilidade de um "MIT para a Amazônia".