O que é necessário para os engenheiros brasileiros trabalharem no exterior?

Uma oportunidade no exterior proporciona aos profissionais novas experiências, conhecimentos ainda mais especializados e também uma visão diferente de mundo, com base nas características sociais e culturais do país escolhido. Para os engenheiros não é diferente. Esta é, aliás, uma das carreiras com boas oportunidades em diferentes países. Há diversos programas e parcerias que estimulam a imigração destes profissionais, mas é necessário ter atenção com as características de cada localidade no que diz respeito ao registro profissional, ao reconhecimento do diploma, das qualificações e ao desenvolvimento das atividades dos engenheiros.

O trabalho dos brasileiros no exterior é bem reconhecido, e as experiências já adquiridas ao longo da formação e após a conclusão do curso superior no Brasil são muito importantes para as novas oportunidades em outros países. O diploma de um curso de graduação, para ter efeito legal, geralmente deve ser reconhecido e validado no país de destino, o que é possível fazer através de órgãos específicos, e também com o auxílio de ferramentas que visam a facilitação deste processo. 

Por exemplo, para os engenheiros que tenham interesse em trabalhar na Alemanha, há uma entidade que é a responsável pelo registro profissional, a Associação de Engenheiros Brasil- Alemanha (VDI), com escritório no Brasil. Há ainda um site, o “Recognition in Germany” (disponível em alemão e inglês), em que são detalhados os procedimentos para o reconhecimento das qualificações dos profissionais, dicas antes da realização da candidatura e envio de informações e encaminhamento para o devido órgão que será responsável pelo caso. De acordo com as informações da Embaixada e Consulados Gerais da Alemanha no Brasil, foi criado um visto de 6 meses para os profissionais, com o objetivo de proporcionar um tempo para a procura de emprego na Alemanha.

Já para os interessados em trabalhar nos EUA, é necessário ter sido convidado por empresa americana ou, caso já resida no país, ser aprovado em exame de proficiência. Há variações para a liberação de licença aos profissionais, mas a especialização ou mestrado em engenharia e quatro anos de experiência de trabalho na área são alguns dos requisitos comuns. 

Se o objetivo é trabalhar mais perto do Brasil e a escolha for a Argentina, é necessário revalidar o diploma, desde que o curso tenha matriz curricular similar ou superior ao das Universidades Nacionais Argentinas. Além disso, o profissional deve ter realizado as provas teóricas e práticas exigidas pela instituição em seu país de origem. É então concedida uma autorização por 3 anos – período que poderá ser renovado – e realizada a matrícula nos Conselhos Profissionais de Agrimensura, Arquitetura e Engenharia. 

Há ainda oportunidades na Nova Zelândia, principalmente para a área da engenharia química, elétrica, mecânica, industrial e do petróleo. Ao longo dos últimos anos, houve também um aumento no investimento na área da construção civil, o que tem demandado um maior número de profissionais do exterior. Há diferentes tipos de vistos para estrangeiros no país, como os temporários e os vistos para residentes.

Mas se a opção for pelo continente europeu, em Portugal, por exemplo, para dar início à profissão, é necessário se associar à Ordem dos Engenheiros do país e ser aprovado em avaliações curriculares individuais. Já na Itália, é necessário se filiar ao Consiglio Nazionale degli Ingegneri (C.N.I.) e efetuar a revalidação do diploma no Ministério da Justiça Italiano.
Ficou curioso sobre os procedimentos previstos para os engenheiros brasileiros trabalharem no exterior, também em outros países? Confira mais informações no site do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, o Confea.

Autor: Blog da Engenharia