China e Brasil estudam parceria em parques tecnológicos

Representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação reuniram-se com o vice-ministro de Ciência e Tecnologia da China, Cao Jianlin, e sua delegação.

Os dois países têm diversas ações em andamento em ciência, tecnologia e inovação, em setores como nanotecnologia e biologia.

A delegação chinesa expressou interesse em ampliar esta cooperação com o Brasil para abranger os parques tecnológicos, área em que o país asiático tem tradição.

“Hoje, 13% do Produto Interno Bruto [PIB] do país é oriundo dos parques tecnológicos. A China tem usado os parques tecnológicos como importantes instrumentos de desenvolvimento econômico e até social. Eles tratam os parques tecnológicos como ambientes de inovação; são iniciativas mais ampliadas que no Brasil”, disse Álvaro Prata, secretário executivo do MCTI.

Para estreitar o diálogo nessa direção, o MCTI e a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Iniciativas Inovadoras (Anprotec) estão organizando um seminário sino-brasileiro sobre parques tecnológicos, a ser realizado ainda neste ano, no Parque Tecnológico São José dos Campos(SP). “Nós queremos dividir e aprender com a China a experiência de gerenciamento de parques tecnológicos”, afirmou Prata.

O programa espacial CBers (China-Brazil Earth Resources Satellite, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) também esteve na pauta da reunião ocorrida no MCTI.

Em dezembro de 2014, o CBers-4 foi lançado com sucesso do Centro de Lançamentos Taiyuan, em Pequim – é o quinto exemplar do programa de satélites de sensoriamento remoto desenvolvido por meio da parceria.

Os dois países discutiram ações futuras no âmbito da iniciativa. “O CBers não é apenas um programa bilateral, ele já se tornou uma marca”, ressaltou o presidente da AEB, José Raimundo Coelho.

Iniciado nos anos 1980, o CBers é coordenado pela AEB e desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e pela Academia Chinesa de Tecnologia Espacial.

Há também entendimentos no sentido do desenvolvimento de foguetes em parceria com a China.

Autor: MCTI e INPE