Robôs industriais dirigidos com olhos e sobrancelhas

Mexendo as sobrancelhas, o pesquisador seleciona qual junta de um robô industrial deve se mover.

Piscando os olhos, ou concentrando a atenção em um determinado ponto, ele efetua o movimento desejado.

“Eu uso o movimento dos meus olhos, sobrancelhas e outras partes do meu rosto,” diz Angel Perez Garcia, da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.

E o que há de prático nisso?

“Bem, todo o mundo sabe que os robôs industriais são pré-programados e relativamente inflexíveis,” diz o pesquisador, exemplificando o caso da troca de ferramentas usadas pelo robô e sua adaptação para pegar novos tipos de peças.

“A substituição das garras e do programa de orientação do robô é um processo complexo, e nós queremos tornar isso mais simples. Queremos programar robôs de forma mais intuitiva, e não apenas na forma tradicional, utilizando um painel com teclas pressionadas por um operador,” diz ele.

Para isso, ele está adaptando as tecnologias de “controle de equipamentos pelo pensamento” para o ambiente dos robôs industriais.

Para ir mais direto ao assunto, o pesquisador dispensou os pensamentos, e está guiando o robô por seus próprios movimentos.

Cada movimento facial gera uma atividade neural na parte do cérebro responsável pela coordenação motora, que é forte, padronizada e mais fácil de captar por meio de sinais de eletroencefalografia do que a simples intenção de movimento.

O objetivo é que o pesquisador – ou o programador de robôs – guie o braço industrial, ensinando-o a mexer com as novas peças ou com a nova ferramenta.

Enquanto os primeiros movimentos são feitos, os dados são gravados para gerarem a programação definitiva do robô.

Os pesquisadores noruegueses estão também comparando a precisão obtida por meio dos capacetes de leitura neural e por meio de um Kinect, que é bem mais simples de operar.

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Autor: Inovação Tecnológica