Workshop dedicado ao Conselho Consultivo

Representantes das 23 entidades e associações de classe que compõem o Conselho Consultivo estiveram presentes dia 24, 3ª feira passada, na sede da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), no centro paulistano, para participar do Workshop SP 2040 – mais uma atividade dedicada à elaboração e ao aprimoramento das propostas do plano de longo prazo da cidade. Divididos em grupos de trabalho, cada um sob a responsabilidade de um mediador, os participantes investiram horas na discussão dos cinco eixos estratégicos e dos projetos catalizadores que dão alma ao SP 2040. Tarde de intensa troca de ideias, sem dúvida. 

Do Instituto de Engenharia participaram a vice-presidente de Assuntos Internos, Miriana Marques, e o Conselheiro, Julio Cerqueira Cesar Neto.

Ao grupo reunido em torno do tema “Mobilidade e Acessibilidade”, por exemplo, o mediador Alberto Lauletta, assessor técnico da SMDU, quis saber, logo de início, de que modo cada associação poderia ajudar a construir um futuro melhor para São Paulo. “Pensando na população”, respondeu a representante do movimento Defenda São Paulo. “Ajudando a divulgar o plano”, destacou o integrante da APEOP. “Com conscientização e mobilização”, sintetizou quem ali estava pela FECOMERCIO. Sim, o grupo se mostrava bem preparado para o debate de tudo o que dizia respeito a um dos problemas que mais afligem os moradores de São Paulo. “Cada ano que passa, a impressão que tenho é de morar cada vez mais longe de onde trabalho – e olhe que vivo há mais de 20 anos no mesmo endereço!”, registrou Emiliano Affonso, do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, ele que sonha com ‘a cidade de 30 minutos’ – tempo que é meta do plano na deslocação entre emprego e moradia. “Há muito em uso no transporte público da cidade que simplesmente não funciona – é preciso qualidade na gestão”, defendeu Eduardo Sampaio Nardelli, do SINAENCO. “Temos de cuidar da linguagem, da redação final do documento – ou a população não vai entender, muito menos se identificar com o plano”, apontou Angelica Benatti Alvim, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Aproximar trabalho e habitação – aí está, na opinião dos participantes, a proposta fundamental do eixo Mobilidade e Acessibilidade, aquela que precisa ser realmente destacada por um plano estratégico como o SP 2040. Em relação ao eixo Desenvolvimento Urbano Sustentável, no grupo de discussão, houve quem manifestasse o desejo de aproximar ainda mais a população do plano. “”Cidades são feitas de pessoas e o SP 2040 deve ser acompanhado de uma ação de sensibilização da sociedade de modo a provocar a noção de pertencimento entre os moradores”, defendeu Silvia Carneiro, do SECOVI. Para Gilda Collet Bruna, também do Mackenzie, a participação do meio acadêmico também é vital. “Podemos contribuir com o desenvolvimento do conhecimento”, afirmou.

Quanto à Melhoria Ambiental, quem participou desse debate procurou enfatizar uma preocupação: meio ambiente é questão que transcende o município, ela também diz respeito à região metropolitana. Uma questão da governança que não pode limitar a discussão do SP 2040, alertou o secretário da SMDU. “O documento também vai sugerir caminhos nessa direção, aproximando o diálogo do município com a esfera estadual, por exemplo”, adiantou.

Ao final, satisfeito com o envolvimento de todos no workshop, o secretário indicou a próxima tarefa: intensificar a divulgação do SP 2040 junto aos associados das entidades presentes.

Autor: SP2040