Redução de jornada de trabalho impactará negativamente na economia

A ideia de que diminuir carga horária de trabalho gerará empregos é equivocada e inoportuna. Esse foi o resultado de uma reunião entre o Instituto de Engenharia, Apeop, Secovi, Sinaenco, Sinduscon-SP, e Sinicesp, realizada no dia 21 de outubro, para discutir a Proposta de Emenda Constitucional 231 (PEC 231), de 1995, que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais e aumenta o percentual de hora extra de 50% para 75%, levada para tramitação na Câmara dos Deputados. 

“Isso é totalmente extemporâneo. Em 1995, quando a PEC 231 foi criada, o País estava na recessão. Colocar em votação agora, piorará a situação do profissional”, opinou o presidente do Instituto de Engenharia, Aluizio de Barros Fagundes. 

A redução da jornada de trabalho e a elevação do preço da hora extra causarão efeitos negativos econômica e socialmente. Com a aprovação da PEC não haverá ofertas de empregos, mas provocará informalidade e demissões devido ao aumento do custo de produção, diminuindo a competitividade das empresas com o mercado externo. Por isso, o setor produtivo não concorda com a PEC 231, que, além de ser prejudicial ao País, despreza a livre negociação entre trabalhadores e empresários por meio de acordos e convenções coletivas, conforme a Constituição de 88. 

Copa 2014 – Ainda nesse encontro, o segundo item da pauta foi a importância sócio-econômica da realização da abertura da Copa 2014 na cidade de São Paulo. As entidades acreditam ser um absurdo São Paulo não sediar a abertura da Copa. 

“Infelizmente, as pessoas acham que, para sediar eventos com a dimensão da Copa do Mundo, precisam apenas de estádio. Esse item é a infraestrutura mais barata para receber esses eventos. Além disso, há preocupações no setor transporte individual e coletivo, de hospedagem, de saúde e de segurança pública”, ressaltou o presidente do Instituto de Engenharia. 

Participaram da reunião, além do presidente do Instituto de Engenharia, Luciano Amadio, Carlos Eduardo Lima Jorge e Jarbas de Holanda, da Apeop; Alfredo Petrilli Júnior, do Sinicesp; Renato Romano, do Sinduscon-SP; Juraci Baena Garcia e Atilio Piraino, do Secovi.

Autor: Fernanda Nagatomi