Petrobras diz que dados conclusivos sobre reservas do bloco BM-S-9 dependem de mais testes

A Petrobras informou hoje que dados mais conclusivos sobre a potencialidade do bloco BM-S-9, na Bacia de Santos, só serão conhecidos após a conclusão das demais fases do processo de avaliação. De acordo com comunicado divulgado ao mercado, a pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a confirmação da abrangência da descoberta depende ainda da perfuração de novos poços, de teste de longa duração e de novos estudos geológicos. 

Na manhã de hoje, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, disse que informações oficiosas davam conta de que o prospecto Carioca, chamado internacionalmente de Pão-de-Açúcar, teria reservas de cerca de 33 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), cinco vezes superiores ao estimado para Tupi, também na Bacia de Santos. No ano passado, a projeção de que Tupi teria entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de óleo equivalente levou o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) a retirar da Nona Rodada de Licitações da ANP os 41 blocos do chamado pré-sal. 

Segundo Lima, a reserva de 33 bilhões de boe seria a maior descoberta dos últimos 30 anos e se tornaria o terceiro maior campo de petróleo do planeta.
No seu comunicado oficial, a Petrobras diz que a única informação disponível sobre o BM-S-9 data de 5 de setembro do ano passado, quando a estatal perfurou o poço 1-BRSA-491-SPS na maior das duas áreas exploratórias da região. Na ocasião, a empresa – que é operadora do BM-S-9 e detém 45% de participação na área, enquanto a BG tem 30% e a Repsol YPF possui os outros 25% – anunciou ter encontrado óleo leve, de 27º API na região, a 273 quilômetros da costa paulista, e informou que realizaria testes para comprovar se os reservatórios encontrados teriam boas características de produtividade e volume. 

No comunicado ao mercado de hoje, a estatal revela que no dia 22 de março deste ano iniciou a perfuração de um segundo poço, o 1-BRSA-594-SPS, que até este momento não atingiu a camada do pré-sal.

Autor: Valor Online – Rafael Rosas