Governo e setor industrial criam GT para ampliar oferta de gás natural

O seminário contou com a presença do presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, representantes dos ministérios das Minas e Energia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e, virtualmente, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira.

O presidente do Instituto de Engenharia, José Eduardo Frascá Poyares Jardim, e membros da diretoria do IE, participaram nesta segunda (17), do Seminário Gás Brasileiro para a Reindustrialização do Brasil.

O seminário contou com a presença do presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, representantes dos ministérios das Minas e Energia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e, virtualmente, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira.

No evento, promovido pela Fiesp, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou a criação de um grupo – formado pelo governo e setor empresarial –, para atuar na ampliação da oferta e na redução dos preços do gás natural.

Da esq. p/ dir.: João Carlos de Souza Meirelles, Ricardo Toledo Silva, prof. Titular USP, José Eduardo Jardim, presidente do IE, Miriana Marques, VP Adm. Finanças IE.

A ideia de criar o grupo partiu do presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, e foi apoiada pelo vice-presidente da República.

“Acho que esse Grupo de Trabalho vai trazer bons frutos pra gente poder reduzir o preço do insumo, aumentar a competitividade, aumentar os investimentos e gerar mais empregos”, afirmou Alckmin em discurso.

O seminário da FIESP está alinhado com a orientação do MDIC de impulsionar o uso de gás como instrumento de ganho de competitividade da indústria nacional.  Na semana passada, a Pasta anunciou o início de um estudo com os agentes da área em todo o país para realizar uma reforma regulatória no setor. O objetivo é incentivar o desenvolvimento desse mercado e, ao mesmo tempo, garantir acesso ao setor produtivo.

Participaram, também, do seminário pelo MDIC, os secretários Andrea Macera, da Secretaria de Competividade e Regulação, e Uallace Moreira, da Secretaria de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços. Ambos integraram o painel Gás Natural como indutor para a reindustrialização do Brasil.

Ieda Gomes Yell, conselheira independente em empresas internacionais nos setores de energia e infraestrutura

Gás natural

O gás brasileiro é um insumo essencial e estratégico para a nova industrialização do país. Além do potencial energético, o gás natural é usado como matéria-prima do metanol, de fertilizantes (amônia e ureia), hidrogênio e outros produtos. Para reduzir os preços, o MDIC atua para o aumento da oferta e a ampliação da rede de transporte do gás.

O Brasil tem grandes reservas de gás natural. São ao todo 381 bilhões de m³ de reservas provadas. Do total, 304 bilhões de m³ encontram-se no mar e os 77 bilhões restantes, em terra.

Para transformar essas reservas em produção, um dos principais desafios é aumentar a infraestrutura, com a construção de gasodutos e de Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGNs). Essas obras vão permitir a interiorização do gás natural, a redução dos volumes de reinjeção e a redução no preço da molécula.

Dos atuais 140 milhões de m³ de gás natural produzidos diariamente no Brasil, quase metade é reinjetada em poços de campos offshore e não é disponibilizada para o mercado nacional. Com isso, as importações de gás da Bolívia chegam a um terço da sua demanda do Brasil.

Neste contexto, a mudanças planejadas pelo MDIC têm o objetivo de melhorar a performance do setor. E a criação do Grupo de Trabalho proposto pela FIESP apontam no mesmo rumo.

Fonte – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços