Sonda Voyager 2 é segundo objeto a deixar o Sistema Solar, diz NASA

Após 41 anos de jornada, nave percorreu o espaço profundo e agora se encontra para além do Sistema Solar

Uma longa jornada: após ser lançada em agosto de 1977 e produzir informações valiosas sobre Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, a sonda Voyager 2 percorreu o espaço profundo e agora encontra-se para além do Sistema Solar. A informação foi confirmada pela NASA nesta segunda-feira (10 de dezembro). A nave é o segundo objeto humano a realizar essa proeza: em setembro de 2013, a Voyager 1 alcançou o espaço interestelar e é o equipamento que está mais distante da Terra.

“Pela segunda vez na história, um objeto feito pelo homem alcançou o espaço entre as estrelas”, disse a agência espacial norte-americana em comunicado. “A sonda Voyager 2 da NASA agora saiu da heliosfera [área do espaço em que os campos magnéticos criados pelo Sol exercem influência].” De acordo com especialistas, os astrônomos identificaram uma queda drástica no contato da sonda com partículas solares. No início de dezembro, houve uma nova diminuição desse índice, levando à conclusão que a sonda estava na iminência de deixar o Sistema Solar.

Ao contrário da Voyager 1, a sonda ainda conta com instrumentos capazes de transmitir informações para a Terra. “Trabalhar na Voyager me faz sentir como um explorador, porque tudo o que estamos vendo é novo”, afirmou John Richardson, pesquisador que participa do projeto com a sonda. “Estamos vendo coisas que ninguém viu antes”.

A Voyager 1 foi lançada no dia 5 de setembro de 1977, enquanto a Voyager 2 realizou o início de sua jornada no dia 20 de agosto do mesmo ano. Ambas as sondas contêm um disco fonográfico de ouro com uma hora e meia de sons que existem na Terra. “Para os fazedores de música de todos os mundos e todos os tempos”, diz a inscrição dos discos.

Os pesquisadores acreditam que a Voyager 2 perderá o contato com os pesquisadores na base da NASA em 2030. A partir daí, o equipamento seguirá em uma nova jornada solitária rumo ao espaço interestelar absoluto, onde não há nenhuma influência gravitacional do Sol.

Fonte Revista Galileu