A Uber uma startup norte-americana, anunciou a contratação de 50 cientistas do centro de robótica da Universidade Carnegie Mellon, visando o desenvolvimento de automóveis que dispensarão motoristas.
Paralelamente o Google trabalha com o mesmo intuito, tendo a expectativa de em 2020, lançar veículos com estas mesmas características.
Para que serviria um automóvel sem motorista? Isto não sobrecarregaria ainda mais o trânsito nas cidades, especialmente aquelas pouco planejadas ?
Comercialmente existem dois focos: frota de táxis autônomos e o incentivo ao compartilhamento de veículos, usual em cidades desenvolvidas.
E o motorista com isto? Ora ele é custo, na visão empresarial de seres humanos normais. Palavra pouco conhecida no Brasil, especialmente na gestão pública, que ainda mantém cobradores em ônibus públicos, mesmo havendo há anos tecnologia dos cartões nos coletivos.
Tendo em vista esta diferença planetária de visão, planejamento e tecnologia entre um país e outro, a indução ao raciocínio natural brazuca é simples : isto não serve “pra nós”. Ou talvez somente daqui alguns anos. Certo ?
Errado!
É claro que num país onde a gestão pública não mede esforços para alcançar a Venezuela, há um certo desestimulo pela inovação ou pela busca por eficiência através de novas tecnologias. Mas cabe ao empreendedor, empresário e cidadão apartidário com cérebro, sonhar que o Brasil se transforme numa Alemanha ou Coréia do Sul, justamente para superarmos esta pasmaceira que se vê diuturnamente.
Como se sabe, a Uber (app para compartilhamento de veículos) já enfrenta problemas na cidade de São Paulo, pois existem questionamentos jurídicos se a atuação da empresa fere as licenças concedidas aos taxistas.
Humm , retrocesso ou jeito de protecionismo bolivariano?
Ora, as grandes capitais brasileiras, apresentam níveis caóticos no transporte público(*) além de não mais comportarem veículos particulares. Desta forma, o compartilhamento de automóveis, como os existentes em São Paulo e Recife (**), amenizaria esta situação e deveria crescer para suprir esta demanda reprimida. Mais ainda, gestores das grandes capitais tem por obrigação acompanhar toda esta movimentação de starup’s pelo mundo.
Por teimosia e desencargo de consciência, decidimos consultar o site do Ministério das Cidades (um dos trinta e nove) para quem sabe, colhermos material sobre novas tecnologias e clicando no ícone “Acesso a Informação”, sabe que o leitor encontrará : “Desculpe, mas está página não existe”.
Sendo assim, nos resta sonhar como os profissionais do Google ou seguir o twitter dos 50 contratados da Uber. Pois são estas grandes empresas que nos ensinam a pensar grande. Claro que tem uma turma que prefere acompanhar o twitter de Cristina Kirchner ofendendo chineses com piadinhas que trocam o “R” pelo “L” em plena visita oficial ao gigante do comércio mundial. Isto não importa, nosso foco é aprender com estes players que olham os negócios de forma séria. No caso do Google, em especial, vale destacar que produzem energia solar no Atlântico Norte e estão avaliando parcerias com a indústria automobilística para produzir seus próprios veículos sem motoristas. E por aí vão.
Temos portanto que construir um Brasil quase que paralelo, incentivando estas grandes empresas através do consumo de seus produtos com divulgação e respeito, que é uma forma de lutar contra a ociosidade do pensar.
Todos sabem que não existe almoço grátis, o custo para o cidadão pela ineficiência do Estado, está todos os dias nos jornais. Abaixaram 20% a energia elétrica por decreto em 2013 ? Estoura o caixa em seguida e sobe 40% em 2015! Seguraram o preço do combustível para “conter” a inflação? Estoura o caixa da Petrobrás e continua subindo a inflação.
Solução? Criatividade, esta mesma que o Google e Uber nos mostra como um caminhar, já que é praticamente impossível andar seja de automóvel, Metrô ou de ônibus numa cidade como São Paulo.
Temos que desenvolver portanto, um Brasil que metade do país sonha, e para isso devemos ficar atentos com empresas e prestadores de serviços alinhados com esta realidade.
Pois esta é verdadeira realidade do mundo , pois até o Vaticano, uma estrutura que se mostrava imóvel há séculos, está se comprometendo a apoiar uma startup (Scholas.lab) que acolherá projetos inovadores na área de educação, conforme recente declaração do Papa Francisco.
Então se temos a benção “oficial” de Deus, sigamos adiante e esqueçamos Nicolás Maduro e sua troupe.
E aproveitando o Papa … que Deus nos Proteja !
Estado de São Paulo, Colunista do Instituto de Engenharia de São Paulo, Editor do Portal Sustentahabilidade.com, Diretor e Apresentador do Programa SustentaHabilidade transmitido pela FLIXTV.
(*) O Metrô de São Paulo, transportou 1,3 bilhão de passageiros em 2014, com crescimento de 166 milhões de viagens em 04 anos.
(**) Os veículos utilizados são exclusivamente elétricos, importados da China.