GM fecha parceria com FEI em plano de engenharia

A General Motors do Brasil firmou ontem convênio com a FEI, de São Bernardo, para a inclusão dessa universidade no programa global Pace (em inglês, Parceiros para o Avanço da Educação da Engenharia de forma Colaborativa), da montadora. Foi a segunda instituição de ensino brasileira a fazer parte dessa parceria. A primeira foi a Poli (Escola Politécnica da USP), em 2005.

Pelo acordo, os alunos da FEI dos cursos de Engenharia Mecânica e de Produção terão treinamento em laboratórios equipados com cerca de 200 estações de trabalho (computadores ligados em rede). Num primeiro momento, cerca de 400 alunos terão aulas com esses equipamentos.

A iniciativa, que conta ainda com o apoio de outros parceiros, fornecedores de tecnologia da GM (HP, Autodesk, Oracle e Siemens) possibilitará que estudantes entrem em contato também com softwares de última geração, usados pela área de engenharia da montadora para o desenvolvimento de seus projetos automotivos. Com isso, os estudantes poderão ficar mais bem preparados para participar dos projetos globais da indústria, cita o vice-presidente de engenharia da GM, Pedro Manuchakian.

Isso embora já seja grande o número de engenheiros da montadora formados pela FEI. São 350 apenas na engenharia de produto, o que corresponde a 27% do quadro dessa área. “Buscamos universidades conceituadas e a FEI tem longa tradição (em formar para o setor automotivo)”, disse Manuchakian, ele próprio formado por essa escola, em 1968. A presidente da GM Brasil, Grace Lieblein, por sua vez, destacou que o papel de enganharia será importante para a concretização do plano de investimentos no Brasil para os próximos cinco anos, que deverá ser lançado em breve.

DESAFIOS – A vice-reitora Rivana Basso Fabri Marino assinalou que o contato com os softwares utilizados pela montadora é muito positivo. “O aluno sai mais próximo da realidade da indústria”, diz. Mas há outros ganhos para os estudantes.

Por meio do Pace, a GM coloca desafios para as universidades parceiras, que designam equipes de alunos (com a coordenação de professores) para o desenvolvimento de soluções em cooperação global. Atualmente, estão no programa 20 universidades (do Brasil, dos Estados Unidos e de países como China, Índia, Coréia do Sul, México, Cingapura e Porto Rico). Entre os projetos desenvolvidos pela iniciativa, há desde um para interface homem-máquina até novo protótipo de carro de corrida.

Autor: Diário do Grande ABC