OAB e Instituto de Engenharia firmam convênio em área ambiental

Pelo acordo, o IE se compromete a dar à OAB SP suporte técnico ambiental e indicar nomes de especialistas para perícias e palestras. A Ordem se responsabiliza por oferecer assistência jurídica e legislativa à entidade de engenharia em temas relacionados ao ambiente. O contrato prevê ainda a possibilidade de realização de eventos conjuntos entre as instituições, que disponibilizam uma à outra as instalações de seus auditórios, sem custos, desde que previamente agendados. As partes também se comprometem a colocar um link em seus sites para divulgar a parceria.

Os dirigentes das entidades falaram do projeto de ensino à distância da OAB SP como um modelo que poderia ser adotado pelo IE. DUrso afirmou que a iniciativa tem custo insignificante e um resultado revolucionário. Ele deu como exemplo uma palestra ministrada pelo jurista Ives Gandra, assistida pessoalmente por pouco mais de 200 pessoas e por um número superior a 240 mil pela internet, em qualquer hora ou local.

Fagundes disse que o IE enfrentou uma crise prolongada de falta de engenheiros. Segundo o presidente do instituto, em dez anos, a Escola Politécnica da USP formou 150 engenheiros civis, uma média de apenas 15 por ano, e a Escola de Engenharia de São Carlos da USP graduou 25 desses profissionais. Houve um esvaziamento da profissão por falta de empreso, hoje superado com a demanda do mercado de trabalho para engenheiros.

Para o presidente do Instituto de Engenharia, o grande desafio é estimular os jovens a não abandonar a área ou o curso e sugeriu uma aproximação dos professores do IE com os da Escola Superior de Advocacia (ESA) e disse que montaria no IE um fórum de discussão com os jovens.

Sanseverino comentou que o convênio vai consolidar ainda mais a parceria entre advogados especialistas em Direito Ambiental e engenheiros e que a Comissão de Sustentabilidade e Meio Ambiente da OAB , que tinha 27 membros, hoje reúne mais de 500 . Também observou que as preocupações ambientais são legítimas, tanto que os recursos são finitos “O ser humano pode acabar, mas o mundo continuará a terá em 2050 mais de 9,2 bilhões de habilitantes, segundo a ONU”, disse. O presidente do IE também conclamou as duas áreas a promoverem uma sinergia para para estabelecer códigos ambientais específicos, já que hoje há 9 mil diplomas legais voltados ao meio ambiente e que um único código não consegue abarcar tudo e , portanto, acaba não servindo para nada, segundo Aluizio.

Autor: OAB-SP