Poli/USP inicia construção de unidade ainda este ano

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) lança oficialmente em parceria com Marinha do Brasil (MB) a instalação da unidade para ensino e pesquisa nas áreas de Engenharia Nuclear, de Materiais e de Computação, em Aramar. A noticia foi publicada com exclusividade pelo jornal Cruzeiro do Sul em agosto do ano passado. A assinatura da cessão de uso do terreno ocorre no dia 16 de maio, em São Paulo, no auditório da FAU – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. A instituição de ensino também tem planos futuros de expandir a grade curricular na área naval dentro do sitio de Aramar.

A construção dos prédios ao lado do Centro Experimental Aramar (CEA) envolverá espaços para salas de aula, laboratórios de ensino e pesquisa. O montante de investimentos ainda não foi anunciado, porém a previsão para o início das obras está marcada ainda para este ano. Expectativa é de que o curso de graduação em Engenharia Nuclear comece no próximo ano. Segundo o vice-diretor da Poli/USP, José Roberto Castilho Piqueira o ciclo básico do curso ocorrerá em São Paulo e as especializações no CEA. “Estamos fazendo um esforço para começar em março de 2013”, comenta. O curso deverá formar engenheiros capazes de planejar, produzir, implantar, gerenciar e manter instalações nucleares para fins de geração de energia e para a produção de equipamentos médicos e fármacos. Com a unidade, a Poli/USP passa a ser a segunda instituição de ensino superior do país a oferecer o curso de graduação em engenharia nuclear. No Brasil, no ano passado, a Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Poli/URFJ) foi a primeira a implantar a nova graduação.

Formação generalista

De acordo com o professor da USP, a graduação em engenharia naval no CEA também está nos planos futuros da Poli e da Marinha. “Estamos começando a conversar sobre isso agora. É uma ideia, mas ainda está num estágio embrionário. Queremos um aluno com formação generalista, que possa transitar por várias áreas; então muito provavelmente se sair o curso de engenharia naval ele vai estar inserido na pesquisa em engenharia nuclear como um todo”, comenta.

A Poli/USP e a Marinha do Brasil, desde 1960 mantêm constantes parcerias que incluiu o curso de graduação em engenharia naval e a realização ininterrupta de trabalhos científicos e tecnológicos por pesquisadores das duas instituições. Até os dias de hoje formaram-se cerca de 1.400 engenheiros navais, expressiva contribuição à Marinha Brasileira para a elaboração de projetos e a construção de navios de superfície e submarinos. (S.S.)

Autor: Jornal Cruzeiro do Sul