Artigo – Mobilidade paulistana

                                                                                                                                * Creso de Franco Peixoto

O metrô paulistano, destaque mundial de qualidade, cresce 1,9 km ao ano. Há exemplo de crescimento 200% maior. As viagens motorizadas, cada vez mais demoradas, servem como indicativo de insuficiência perene de atendimento.

A nova linha 4 do metrô paulistano atende demanda em região de renda e nível educacional de mensurável superioridade à média, fundamental para a democratização de uso e para colaborar no processo educacional. O metrô paulistano tem crescido de forma pendular quanto ao perfil socioeconômico. A primeira linha, a atender setores de renda mais alta, visando ensinar o novo modo, distinto dos trens suburbanos de uso concentrado em horários de pico. A linha seguinte abre o leque socioeconômico.

As portas de plataforma isolam passageiros da linha por caixilhos, minimizando riscos e ruído operacional, apesar de alguma sensação de claustrofobia. Novas composições, de interior contínuo, permitem a migração entre carros, auxiliando no equilíbrio da densidade de passageiros. Maior conforto.
A linha 4 auxiliará no processo de redistribuição de viagens centrais, mini-anel a facilitar baldeações e amenizar a elevada taxa de passageiros por metro quadrado. Contudo, não deve acarretar impacto perceptível no trânsito paulistano. Apenas a forte ampliação de oferta de extensão e estações, associada à reeducação, mitigará o sofrimento no carro parado. 

*Creso de Franco Peixoto, professor do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), engenheiro Civil e mestre em Transportes.