Penteado Mendonça relata Revolução Constitucionalista de 32 no Instituto de Engenharia

Ainda em comemoração aos 79 anos da Revolução Constitucionalista de 32, a Abeppolar (Associação Brasileira de Ecologia, de Prevenção à Poluição e de Defesa Civil), em conjunto com a Divisão Técnica de Engenharia Sanitária do Instituto de Engenharia, promoveu ontem um almoço-conferência com Antônio Penteado Mendonça, presidente da Academia Paulista de Letras. Ele discursou sobre os bastidores da Revolução de 32 e suas consequências históricas.

Sua narrativa, com um olhar livre de paixões de quem combateu na trincheira, determina São Paulo como um Estado diferente dos demais do Brasil. O acontecimento de 32 reforçou o espírito bandeirante dos paulistas e contou com a maciça participação de migrantes e imigrantes. O impacto da revolução resultou na criação da USP e posteriormente de outras universidades.

Outro aspecto importante refere-se ao papel da mulher, pois ela volta a ser a 'mulher dos bandeirantes', inclusive para a manutenção da guerra, com a utilização de sua mão de obra e, posteriormente, mantendo sua forte expressão no quadro sócio-econômico do Estado.

“As consequências são muito mais importantes do que a revolução em si. 32 permite a retomada de consciência. São Paulo passa a gerar uma elite empresarial e política diferenciada em relação ao restante do Brasil. E a mulher tem um papel mais aproximado ao do homem”, dircursou.

Para o presidente da Abeppolar, Randolpho Marques Lobato, a conferência de Antônio Mendonça foi extremamente importante. “Revelou os bastidores do movimento revolucionário e suas consequências, encerrando com brilhantismo o ciclo de palestras no Instituto de Engenharia, alusivo à Revolução, iniciado no dia 6 de julho”, finalizou.

Representando a direção do Instituto estiveram João Ernesto Figueiredo, Camil Eid, José Walter Melo e Walter Coronado Antunes.

Autor: Viviane Nunes