FEI comemora 70 anos

Para marcar a data, programou várias atividades até 2012, como exposição fotográfica, exposição documental itinerante, concurso cultural, festival de música e várias outras atividades. Além do logo especial, um hot site alusivo à celebração entrou no ar, este mês, com curiosidades, histórias, depoimentos, agenda de atividades, recursos para interação e, principalmente, uma seleção de fotos, que resgatam o sonho do passado, idealizado pelo padre jesuíta Roberto Sabóia de Medeiros, e fazem contraponto com o presente, em conquistas do centro de excelência na inovação e na formação de profissionais altamente qualificados.

“O Pe. Sabóia colocou a semente, irrigou a terra e cultivou a plantinha que se transformou em árvore frondosa, bem enraizada, produzindo frutos de qualidade para a humanidade”, afirma o Padre Theodoro Paulo Severino Peters S.J., presidente da Fundação Educacional Inaciana, mantenedora do Centro Universitário da FEI, ao falar sobre o fundador e a história do Centro Universitário da FEI, que começou em 1941 com a criação do primeiro curso de Administração do Brasil, ministrado pela Escola Superior de Administração de Negócios (ESAN), em São Paulo.

“Saboia sorriria de felicidade ao constatar a força de suas iniciativas”, acredita o presidente da FEI, sobre a força da Instituição para o Brasil. “A FEI é reconhecida pela alta qualidade das suas pesquisas e produção intelectual, legitimada pela atuação direta em eventos internacionais de grande representatividade”, conta o professor doutor Fábio do Prado, reitor da FEI.

Doutorado
No 70º aniversário, a FEI tem conquistas a comemorar, como a nota 4 recebida pelo curso de graduação em Administração, do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) e no Índice Geral de Cursos (IGC), do Ministério da Educação. Também a festejar a aprovação do primeiro doutorado, de Administração, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

O Centro Universitário integra importantes grupos de pesquisa e desenvolvimentos, como o SOI Industry Consortium, consórcio internacional formado por seleto grupo de instituições e indústrias de microeletrônica atuantes na tecnologia SOI (silício sobre isolante), uma das mais importantes alternativas para as próximas gerações de computadores de alto desempenho. A FEI é a primeira Instituição de ensino da América Latina a integrar o grupo de pesquisadores.

Por meio dos cursos e núcleos de pesquisa, a FEI já formou mais de 50 mil profissionais, entre engenheiros, administradores de empresas e cientistas da computação. Face à crescente demanda por mão de obra altamente capacitada, tem investido continuamente na formação de recursos humanos empreendedores, no estímulo às atividades de pesquisa e no aprimoramento da competência profissional, colocando à disposição dos alunos um corpo docente de alto padrão e uma estrutura de cursos fortemente embasada na articulação entre teoria e prática.

Mais de 80% dos cerca de 450 professores são mestres e doutores, vindos das melhores universidades do Brasil e do Exterior. Significativa parcela destes se dedica integralmente às atividades de ensino e pesquisa, com mérito acadêmico comprovado através do apoio de agências de fomento. O desenvolvimento de trabalhos didáticos e acadêmicos é ancorado por estrutura de primeira linha, constituída por biblioteca informatizada com vasta base de dados, laboratórios com alta tecnologia, centros de pesquisa e de informática.

Com 8 mil alunos, nos campi SBC e Liberdade/SP, a FEI avança na pesquisa e desenvolvimento de projetos, voltados à gestão da inovação, processos de inovação, metodologias aplicadas às organizações, automobilística, robótica, inteligência artificial, engenharia de produção, logística, novos materiais, nanotecnologia, biocombustível e energia. “Estamos interagindo fortemente com a comunidade científica mundial”, conta o professor doutor Fábio do Prado.

A história da FEI
O início da trajetória da FEI foi marcado por doações de empresários que acreditaram na iniciativa do Pe. Saboia de Medeiros de criar uma instituição para formar profissionais altamente qualificados para a indústria, mas com aptidões para a pesquisa científica, com perfil humanista e valores éticos.

Depois de criar em 4 de março de 1941 a ESAN, em 1945, o Pe. Sabóia de Medeiros instituiu a Fundação de Ciências Aplicadas (FCA) para ser a mantenedora sem fins lucrativos. Em 1946, criou a Faculdade de Engenharia Industrial (FEI) com o curso de Engenharia Industrial modalidade Química. Depois, foram criados os cursos de Engenharia Mecânica e as demais áreas consideradas industriais, como a Eletrotécnica, Eletrônica, Metalurgia, Têxtil e Produção. Anos mais tarde foi instituída a formação em Engenharia Civil.

No início da década de 1960, com a instalação das montadoras de automóveis no ABC, os cursos de Engenharia foram transferidos para um novo campus, em São Bernardo, onde a Instituição está até hoje. Em 1999, a Faculdade de Informática (FCI) iniciou as atividades com o curso de Ciência da Computação. Em 2002, a ESAN, a FEI e a FCI foram agregadas numa única Instituição com a criação do Centro Universitário da FEI, mantido pela Fundação Educacional Inaciana Padre Sabóia de Medeiros (FEI).

A mudança garantiu a autonomia acadêmica necessária para o trabalho interdisciplinar e multidepartamental, e possibilitou a elevação dos níveis de graduação e das pesquisas por meio da ampliação da massa crítica científica de professores e pesquisadores. Nos anos seguintes, algumas modalidades de Engenharia foram extintas e novos cursos foram criados, como o de Engenharia de Materiais.

Em 2004, a FEI implantou o curso de mestrado em Engenharia Elétrica, nas áreas de concentração de Dispositivos Eletrônicos Integrados e Inteligência Artificial Aplicada à Automação. Três anos depois foram criados os cursos de mestrado em Engenharia Mecânica nas áreas de Concentração de Materiais e Processos, Produção e Sistemas da Mobilidade, assim como o mestrado de Administração na área de Gestão Estratégica da Inovação.

Em 2008, a FEI criou a graduação em Engenharia de Automação e Controle, que nasceu com a expertise que a Instituição detém nos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Eletrônica, Engenharia de Produção e Ciência da Computação.

Autor: Bagarai