Brasil: serviços de engenharia crescem 15% ao ano

As principais construtoras portuguesas já descobriram o mercado brasileiro e têm-lhe dedicada especial atenção. A Mota-Engil e a Teixeira Duarte já operam, a Soares da Costa admite uma aquisição depois do encaixe da venda parcial da sua sucursal angolana. Mas, o mercado é igualmente sedutor para as empresas de engenharia, que podem beneficiar do crescimento da atividade, impulsionado pelos programas governamentais.

Um novo estudo da consultora DBK confirma o dinamismo do mercado brasileiro dos serviços de engenharia. O mercado vai crescer 30% no biénio 2011/2012. Nos últimos anos, registou-se um crescimento anual de 13%. O sector valeu, em 2010, €6 mil milhões.

A segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento prevê um investimento de €500 milhões entre 2011 e 2014. O sector energético concentra metade do investimento total. O estudo releva os efeitos induzidos pelo Mundial de Futebol (2014) e Jogos Olímpicos (2016) na expansão do negócio de engenharia.

Segundo o relatório da DBK, existiam, em 2008, 24.500 empresas de engenharia (+17% face a 2007). A grande maioria tem menos de 10 colaboradores e apenas 75 empregam mais do que 250 pessoas. No total, o sector de engenharia emprega 155,7 mil pessoas. As cinco maiores empresas abocanham um quarto do mercado.

“O potencial de crescimento é muito atrativo para novos operadores, prevendo-se para breve um aumento significativo de empresas”, diz o estudo. A consultora espanhola, especializada em análises sectoriais, aconselha as empresas estrangeiras a firmarem parcerias estratégicascom operadores locais.

Autor: Exame Expresso