Prêmio Talento Engenharia Estrutural já tem finalistas

A Gerdau e a Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece) divulgaram nesta semana os finalistas do 8º Prêmio Talento Engenharia Estrutural, que premia as obras de engenharia mais criativas nas categorias pequeno porte, obras especiais, edificações e infraestrutura.

Os vencedores de cada categoria ganharão uma viagem a Barcelona, na Espanha, para conferirem a Construmat 2011, entre 16 e 21 de maio. O resultado deverá ser divulgado no dia 27 de outubro deste ano.

Confira os finalistas:

Categoria Pequeno Porte 

Otávio Pedreira de Freitas
Obra: Viver Ananindeua – Ananindeua (PA)
Construído sob incentivo do Programa “Minha Casa, Minha Vida (MCMV)”, o Complexo Viver Ananindeua conta com 920 unidades habitacionais, em um terreno de 91 mil m². O diferencial da obra é a utilização do sistema construtivo de painéis pré-moldados, que utiliza placas de concreto maciço com apenas 10 cm de espessura, ganhando espaço em relação à alvenaria estrutural e ao concreto pré-moldado.

Carlos Otávio de Souza Gomes
Obra: Arquibancada Alta do Estádio de Remo da Lagoa – Rio de Janeiro (RJ)
A arquibancada construída toda em concreto armado teve como principal preocupação a manutenção do conceito arquitetônico do estádio, cuja marca principal são os pilares em “V”. Como o principal problema para a construção era o pé-direito, foi utilizada a laje lisa, com 25 cm de espessura. Além disso, foi necessária a utilização de protensão, devido aos vãos entre os pilares existentes.

Rafael Lino Calixto
Obra: Sede da Construtora Consciente – Goiânia (GO)
Todo em concreto armado e em concreto protendido, o prédio comercial com lajes de no máximo 75 cm tem de atender vãos de até 20 m de comprimento. Com o escasso uso de pilares e inércia limitada das peças horizontais, o uso da protensão não aderente foi amplamente aplicado nas vigas e na laje inclinada do pavimento cobertura.

Marcello Graça Couto do Valle
Obra: Residência no Leblon – Rio de Janeiro (RJ)
Apesar de ser um projeto de pequeno porte, a residência conta com três estruturas: Laje lisa convencional para o teto do subsolo, de modo a diminuir a subpressão devido ao lençol freático; uso de protensão no teto do térreo, a fim de solucionar os grandes vãos de até 15 m; e estrutura metálica na cobertura para diminuir a carga na transição.

Márcio José de Rezende Gonçalves
Obra: Residência Vila Alpina – Nova Lima (MG)
O ponto alto da estrutura em concreto armado desta residência é a escada que sai do subsolo e vai ao terceiro andar. Os degraus são soltos, apoiados em uma viga central. A laje dos degraus e dos patamares tem 7 cm de espessura. As duas vigas centrais, nos patamares intermediários são sustentadas por dois 4 tirantes, ancorados na viga faixa em curva e inclinada existente na laje de cobertura do terceiro pavimento.

Categoria Obras Especias

Geraldo Acedo Vieira
Obra: Cobertura da Quadra da Escola Viverde – Bragança Paulista (SP)Para a construção da cobertura, foram utilizados cabos de aço galvanizado e postes e mourões de eucalipto tratado, que fazem a estrutura para segurar a cobertura, que é feita de telhas onduladas de chapa de aço galvanizada com 0,5mm de espessura, com pintura eletrostática em ambas as faces. A montagem foi feita toda sem a utilização de guindastes, devido à impossibilidade de acesso do equipamento ao local.

Filemon Botto de Barros
Obra: Laboratório Schlumberger- Rio de Janeiro (RJ)
Construído todo com estrutura metálica, o Laboratório Schlumberger é caracterizado pelos grandes vãos, curvas e telhado verde. Para a construção, foram utilizados perfis metálicos soldados, laminados e dobrados, que compreendem toda a estrutura do edifício.

Augusto Cláudio Paiva e Silva
Obra: Prédio da Aciaria da TKCSA – Rio de Janeiro (RJ)
O sistema estrutural principal do Prédio da Aciaria é composto por 12 pórticos transversais formados por até 6 pares de colunas treliçadas sobre a qual estão apoiadas as vigas de rolamento principais do prédio. Acima das vigas de rolamento, baionetas ligadas por treliças fazem o fechamento do pórtico. Na direção perpendicular ao plano dos pórticos (sentido longitudinal), a estrutura é travada por contraventamentos verticais.

Bruno Contarini
Obra: Ampliação do Shopping Tijuca – Rio de Janeiro (RJ)
A ampliação previa a construção de três novos pavimentos no prédio, mas o cliente resolveu também fazer um subsolo com nove metros de profundidade. A execução desta parte é uma obra de engenharia complexa, pois escavando-se 9 m as fundações, que eram em estaca franki ficaram sem apoio, fazendo-se necessário um reforço de fundações com estacas raiz.

Paulo Sérgio de Souza Ribeiro
Obra: Novo Terminal Rodoviário de Brasília – Brasília (DF)
A cobertura é o principal diferencial arquitetônico da obra projetada pelo escritório Reis Arquitetura. Com 12 mil m² em formato parabolóide hiperbólico (tubular), composta por centro plano e inclinações nas pontas, chega a ter até 2% de caimento. Toda a estrutura do terminal é formada por treliças retas, como forma de aproveitar melhor as características da cobertura.

Categoria Edificações

João José Asfura Nassar
Obra: Brennand Plaza – Recife (PE)
O design projetado para a cortina de vidro que recobre toda a fachada frontal do edifício foi um dos grandes desafios da obra. O arco foi de execução complexa devido às variações teto-a-teto para a composição visual da fachada. Para garantir a estabilidade foi necessária a consultoria para o detalhamento executivo do projeto de esquadria.

Carlos Alberto Fragelli
Obra: Cidade da Música – Rio de Janeiro (RJ)
Esta obra apresenta uma estrutura de concreto protendido em forma de losango com 85 m por 200 m. Tendo um subsolo, um térreo totalmente livre e no 1° pavimento uma grande praça onde estão localizados a grande sala, o teatro pequeno, diversas salas de ensaio, cinemas, salas para outros fins como a sede da Orquestra Sinfônica Brasileira, butiques, bares e diversos outros serviços.

Dácio Carvalho
Obra: Condominium Duna Barcane – Natal (RN)
O projeto é composto por um embasamento constituído por subsolo, pavimento térreo com lojas, mezanino, pavimento de lazer e duas torres residenciais de 29 pavimentos, sendo que nos últimos 14, os arquitetos criaram uma reentrância, já antevista como um grande complicador para a Estrutura, uma vez que interrompia a viga balcão, crucial para o travamento da estrutura em sua maior direção.

Antônio Nereu Cavalcante
Obra: Residencial Rio Mamoré – João Pessoa (PB)
O edifício Residencial Rio Mamoré é composto por 45 pavimentos, com alturas que variam entre 3 e 2,95 m cada, resultando numa altura total de 132,55 m. Trata-se de um edifício com dimensões em planta e sistema estrutural constituído por pórticos planos segundo duas direções ortogonais.

Suely B. Bueno
Obra: Ventura Corporate Towers – Rio de Janeiro (RJ)
A estrutura foi inicialmente concebida com lajes nervuradas protendidas com 50cm de altura apoiadas na viga da fachada. No decorrer do estudo preliminar, porém, visando maximizar o pé direito livre do andar, foi adotado um sistema de lajes nervuradas protendidas com 40 cm de altura total, apoiadas em vigas chatas de fachada, também protendidas, com altura de 40 cm.

Categoria Infraestrutura 

Catão Francisco Ribeiro
Obra: Ponte João Isidoro França sobre o Rio Poti – Teresina (PI)
Trata-se de uma Ponte em concreto armado protendido, em tecnologia estaiada, com extensão de 363,00 m, distribuída em seis vãos, dos quais três construídos pelo processo de balanço sucessivo e três em processo convencional. A plataforma de rolamento prevê 03 três faixas de tráfego de 3,1 m e passeio para pedestre de 2,15 m.

Raphael Faria de Mendonça
Obra: Estação e Passarela Cidade Nova do Metrô do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro (RJ)
O corpo principal da estação será formado por uma seqüência de arcos metálicos estruturais e contará com dois pavimentos: plataforma e mezanino. O mezanino será suspenso por pendurais em seção tubular circular até os arcos de forma elíptica que vencem os 15,4 m de plataforma de embarque e as duas vias metroviárias. A passarela de 228 m de comprimento, possui dois arcos com vãos de 90 m e 20,7 m de altura, com seção tubular circular de 1200 mm de diâmetro.

Renato Akyra Oshiro
Obra: Monumento Rodoanel Mário Covas – São Paulo (SP)
A estrutura do monumento foi inspirada na forma de um viaduto estaido e é formado por dois arcos metálicos de 18 m de altura e uma torre central, também metálica apoiada sobre uma base em concreto armado, totalizando 46 m de altura. Cada arco é suportado por um conjunto de oito estais ligados à torre central.

Mário Terra Cunha
Obra: Passarela da Rocinha – Rio de Janeiro (RJ)
A passarela, com traçado sinuoso, em planta, vence o grande vão sobre a autoestrada apoiando-se nas duas pernas do arco e em um tirante de concreto, excêntrico, suspenso neste arco. Os acessos nas duas laterais, com rampas atendendo a limitação de 8,3% em sua inclinação, apoiam-se em um conjunto de pilares e ligam-se à estrutura central através de aparelhos de apoio em elastômero fretado.

Marília Porto Bruno
Obra: Ponte Vaza-Barris – Aracaju (SE)
Para atender aos requisitos de navegação, a ponte foi projetada em rampa com aclive de 2,41% e declive de 2,90%, sendo o vão central em arco de declividade constante de 1,5%. Isso permitiu, sem a necessidade de grandes retificações nos acessos, uma altura livre de 17 m no meio da ponte, com o vão central projetado em aduelas moldadas “in loco” em três tramos, sendo o do meio com 86 m e os adjacentes com 50 m cada.

Para saber mais sobre o concurso, acesse www.premiotalento.com.br

Autor: PiniWeb