Cooperativa de crédito: conheça e faça parte

O setor cooperativo tem importância na sociedade na medida em que promove a aplicação de recursos privados em favor da própria comunidade onde se desenvolve. Por representar iniciativas diretamente promovidas pelos cidadãos, é importante para o desenvolvimento local de forma sustentável, especialmente nos aspectos de formação de poupança e de financiamento de iniciativas empresariais que trazem benefícios evidentes em termos de geração de empregos e de distribuição de renda. 

Economias mais maduras já o utilizam, há muito tempo, como instrumento impulsionador de setores econômicos estratégicos. Os principais exemplos são encontrados na Europa, especialmente na Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda e Portugal. Merecem destaque também as experiências americana, canadense e japonesa. 

O relatório anual da European Association of Co-Operative Banks, com sede em Bruxelas (Bélgica), mostra que é preponderante o papel dos bancos cooperativos no continente europeu, por atingirem 130 milhões de clientes, 700 mil empregados, 60 mil agências e 17% do mercado de depósitos. 

No Brasil, os bancos comerciais ainda são os mais procurados para a concessão de crédito. Entretanto, as cooperativas de crédito representam R$ 23 bilhões em financiamento concedido até abril passado, de acordo com o Banco Central. 

“A cooperativa de crédito é um modo de se pensar no futuro financeiro. É um bom negócio tanto para o recém-formado, para gerar a renda do não trabalho, funcionando como uma poupança, quanto para o profissional maduro que pode pensar em outras alternativas de gerar renda”, diz o engenheiro Metalurgista Roberto Silveira Braga, diretor de Marketing da Engecred- SP. 

Em 2007, ele – com mais 28 engenheiros e arquitetos – fundou a cooperativa que, além de engenheiros, é composta por empresas regulamentadas pelo sistema Confea/Crea – SP e seus funcionários, e profissionais congêneres como geólogos, geógrafos, meteorologistas, tecnólogos e técnicos de nível médio domiciliados na Região Metropolitana de São Paulo. 

“Na cooperativa é o próprio cooperado que cuida do dinheiro. A administração é transparente, a taxa de juros é menor e há vantagens de investimento e empréstimo”. 

Segundo ele, a inadimplência da cooperativa hoje é quase zero. “Nos relacionamos com pessoas e não com o mercado financeiro. O vínculo nos protege”. 

Um exemplo dos frutos do cooperativismo foi o projeto de criação de um condomínio residencial em Avaré – SP-  que um grupo de 38 engenheiros e arquitetos desenvolveu por meio do suporte financeiro da Engecred-SP. 

Foram feitos dois aportes: um de R$ 300 mil, que viabilizou a execução do planejamento e a compra do terreno, e outro de R$ 900 mil para o início das obras . “Estratégia que seria inviável se os juros fossem de banco comercial, bem acima da taxa de 1,9% mensal que vigora hoje na Engecred”.
Antes da concessão do crédito a Engecred- SP, por meio do seu Banco de Projetos, estuda os riscos da obra, a infraestrutura, o tempo de realização e a viabilidade financeira. 

Convênio 

No mês de junho, o Instituto de Engenharia e a Engecred-SP assinaram um Convênio Termo de Parceria Institucional, com o objetivo de fortalecer ambas instituições por meio do crescimento e apoio ao desenvolvimento profissional e patrimonial de seus associados

Autor: Isabel Dianin