Carros elétricos não precisam de rede de postos de recarga

Uma das grande dúvidas sobre os carros elétricos é uma questão estilo “ovo-ou-a-galinha?”: é preciso primeiro investir em uma infra-estrutura de recarga, com postos espalhados por aí, ou esperar que esses carros fiquem populares, para depois montar a rede?

Em um congresso no Centro para Pesquisa Automotiva em Traverse City, nos EUA, executivos da indústria disseram, durante um painel, que não é absolutamente necessário investimento, público ou privado, para montar uma rede de pontos de reabastecimento.

Robert Bienenfeld, gerente de estratégia energética da Honda, disse que, embora uma infraestrutura nacional pudesse ser um grande incentivo para o setor, a grande maioria dos consumidores estarão bem servidos pela autonomia proporcionada pelo recarregamento na tomada mais prática que existe: a de casa.

Em outra conferência do setor, vários executivos indicaram que a ansiedade por uma ampla rede de recarga está parecendo ser desnecessária, de fato.

As melhorias na tecnologia das baterias está levando, rapidamente, a um aumento da autonomia. A Nissan, por exemplo, diz que o Leaf, seu primeiro carro elétrico, será capaz de rodar até 160 km com uma carga. Segundo pesquisas, isso é bem mais do que a média diária da grande maioria dos motoristas.

E que o Brasil tem a ver com isso?

Tudo, oras. Em um país com abundância de potencial hidroelétrico, e falta de dinheiro para investir numa rede nacional de postos de recarga, é uma boa notícia não ser necessário investimentos nisso.

Autor: Depois da Roda