Falta de engenheiros afeta inovação no país, diz Iedi

A falta de engenheiros no mercado brasileiro afeta o setor de inovação no país. A conclusão é do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), que avaliou dados da formação de engenheiros no Brasil.

Segundo o Censo da Educação Superior de 1999, 5,9% dos formandos eram engenheiros. Em 2008, esse número caiu para 5%. 

O Brasil ocupa o último lugar em número de engenheiros em relação à população segundo estudo da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) com 35 países.

“Se temos um atraso na inovação, é principalmente devido à falta de gente. Outros países, como a China, têm apostado mais na formação de engenheiros”, afirma Julio Gomes de Almeida, economista do Iedi.

Outro estudo sobre o tema, realizado pelo Ipea neste ano, prevê que, caso a proporção atual de formação de engenheiros no país se mantenha, o Brasil poderá sofrer com deficit de oferta.

O perfil da formação dos engenheiros também mudou na última década. Em 1999, setores tradicionais da engenharia -elétrica, civil, química e energia- concentravam 53% dos profissionais. Em 2008, esse número caiu para 31%, segundo o MEC.

Balanço da Copa 
O consumo de energia no comércio e no varejo caiu 8,4% no mês passado devido à Copa do Mundo, segundo o Índice Setorial Comerc, da gestora independente de energia.

Segundo tempo 
Os fabricantes de eletroeletrônicos diminuíram o ritmo de consumo em 9,4%, uma vez que a alta na produção provocada pela Copa durou até maio. Mesmo com a redução do consumo desses setores, o índice geral da Comerc fechou junho com alta de 0,8%.

Pós-crise 
Em relação a junho de 2009, o índice geral apresentou aumento de 14,4%. A crise do fim de 2008 ainda tinha reflexos no consumo de energia das plantas gerenciadas pela Comerc.

Autor: Folha de São Paulo – Mercado Aberto MARIA CRISTINA FRIAS