Presidente do Clube de Engenharia defende certificação

O presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian, defendeu nesta quinta-feira (27), durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, a exigência de certificação para engenheiros e outros profissionais antes de ingressarem no mercado de trabalho. Com isso, eles teriam que ser avaliados após receber o diploma universitário para começar a atuar.

Apesar de reconhecer que a proposta encontra resistência, Bogossian argumenta que a certificação é vantajosa para o recém-graduado, que poderá exigir melhores condições salariais ao patrão, e para as empresas, que terão garantia de contratar trabalhadores preparados. Ainda segundo ele, a certificação servirá como filtro para impedir a entrada de maus profissionais no mercado. Em países como Portugal, Inglaterra e Estados Unidos, lembrou ele, os engenheiros só podem ser contratados depois de comprovarem ter qualificação.

“Os conselhos profissionais devem romper o corporativismo e agir. É bom para quem trabalha e para quem emprega”, afirmou o presidente do clube, que congrega engenheiros do país.

Ainda no debate sobre qualificação e mercado de trabalho, a vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Wrana Panizzi, destacou a demanda por profissionais qualificados. Ao citar dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ela afirmou que em, 2007, dos 9,1 milhões em busca de uma posição no mercado de trabalho somente 1,7 milhão tinham preparação exigida pelas empresas. De acordo com ela, as indústria prefere trabalhadores com mais de nove anos de estudo e em setores como telecomunicação a procura é por quem tem acima de 12 anos de estudo.

Autor: DCI