Cientistas recriam dinâmica dos oceanos em laboratório

Um professor de oceanografia da Universidade de Newfoundland, no Canadá, conseguiu recriar a dinâmica dos oceanos em laboratório, com um experimento usando uma plataforma rotatória de fluidos.
A forma e a rotação da Terra são cruciais na dinâmica dos oceanos, e a plataforma montada pelo professor Iakov Afanassiev tenta reproduzir ambas. 

Um filtro colorido acima da plataforma permite aos pesquisadores “codificar” a topografia da superfície líquida – os movimentos, mesmo muito pequenos, aparecem em diferentes cores. 

O oceano tem um papel importante sobre o clima. Este experimento permite aos cientistas observar suas dinâmicas e medir com detalhes sua velocidade e direção. Os resultados podem ser usados para melhorar os modelos matemáticos de processos climáticos. 

O professor de oceaonografia Iakov Afanassiev, da Universidade de Newfoundland, no Canadá, conseguiu recriar a dinâmica dos oceanos em laboratório, usando uma plataforma rotatória de fluidos

A forma e a rotação da Terra são cruciais na dinâmica dos oceanos, e a plataforma de Afanassiev reproduz ambas. O centro seria o Polo Norte. Uma câmera registra esse “oceano” fluorescente de fluidos.

Um filtro colorido acima da plataforma permite aos pesquisadores “codificar” a topografia da superfície líquida – os movimentos aparecem em diferentes cores. Aqui, uma onda ocorre abaixo da superfície em uma montanha submersa no fundo do tanque. 

Os pesquisadores recriaram uma onda de escala planetária conhecida como onda Rossby, que viaja do lado leste para o oeste do oceano. Aqui a onda, azul e verde, é vista a oeste da montanha-modelo. 

“Vórtices (movimentos espirais do líquido) são abundantes no oceano e comumente observados em imagens de satélite”, explica Afanassiev. Com seu experimento, esses movimentos podem ser reproduzidos e estudados em detalhes.

O oceano tem um papel importante sobre o clima. Este experimento permite aos cientistas observar suas dinâmicas e medir com detalhes sua velocidade e direção. Os resultados podem ser usados para melhorar os modelos matemáticos de processos climáticos. 

As ondas de escala planetária também contribuem para a formação de jatos estreitos de água – semelhantes aos jatos de ar formados na atmosfera. Os jatos de água são mais suaves do que os da atmosfera, mas também podem ter um papel importante no clima. 

O experimento canadense pode ajudar os cientistas a entender exatamente como os jatos de água são gerados pelas correntes costeiras. Aqui, vórtices são criados com a passagem de jatos instáveis em direção ao oeste.

Autor: BBC