Contrato com o Banco Mundial é assinado para acabar com enchentes

O contrato de financiamento para o Programa Santos Novos Tempos, que promete acabar com as enchentes na Zona Noroeste e trazer uma série de investimentos em urbanização, foi assinado na manhã desta segunda-feira entre o prefeito João Paulo Papa (PMDB) e o diretor do Banco Mundial (Bird) para o Brasil, Makhtar Diop.

O acordo foi assinado no Teatro Guarany e entre os presentes estavam o governador do Estado de São Paulo José Serra, representantes do Governo Federal e ainda moradores da Zona Noroeste e dos morros de Santos. 

O programa prevê obras de macro-drenagem, a extinção de favelas, com a construção de conjuntos habitacionais, e a criação de espaços de lazer, cultura e educação. O dinheiro para o programa deve ser repassado durante os próximos cinco anos. Serão US$ 88 milhões (R$ 166 milhões), sendo US$ 44 milhões financiados pelo Bird e US$ 44 milhões de contrapartida municipal.

De acordo com o secretário de desenvolvimento de Santos Márcio Lara, os trabalhos começarão já no segundo semestre. “Nas obras estão previstos um conjunto de comportas de bombas e um conjunto, também, de sistemas computadorizados, não só na Zona Noroeste, mas nos Morros de Santos”.

Ainda segundo o secretário, esse trabalhos devem solucionar os problemas causados pelas chuvas e pelas enchentes da maré. “A região da Zona Noroeste foi construída sobre mangues em nível muito baixo e está sujeita às águas da maré e também às águas da chuva. Esse sistema testado pela Banco Mundial eliminará de vez as enchentes do local e o risco de deslizamentos dos morros de Santos”.

Mão de obra e recurso da Sabesp

Por conta das obras de macro-drenagem, na primeira fase do programa, Santos precisará de profissionais. Segundo o prefeito João Paulo Papa, será exigido que seja utilizada mão de obra local.

O cronograma de execução é de cinco anos. Na 2ª fase das obras, a prefeitura estuda a possibilidade de usar recursos da Sabesp, que deve renovar o contrato de concessão por mais 30 anos. Com isso, a estimativa é de investimento, de no mínimo, R$ 100 milhões.

Autor: A Tribuna