Tecnologia alemã auxiliará transporte da CPTM na região metropolitana de SP

Desde que o Brasil foi confirmado como sede da Copa do Mundo de 2014, as empresas de transportes do País iniciaram uma corrida para se adequar à demanda de torcedores e turistas que a competição atrairá.

Para incrementar o modal ferroviário surgiram na pauta de discussões os TAVs (Trens de Alta Velocidade), VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) e monotrilhos, entretanto, a CPTM trabalha para ajustar a malha existente, modernizando os trens e investindo em tecnologias de conforto e de acordo com o meio ambiente.

Como exemplo disso, a companhia paulista de trens importou da Alemanha um novo compressor de ar e iniciou pela primeira vez no território nacional os testes de aplicação em parte de sua frota.

Ao agregar novos componentes e dispensar o uso do tradicional óleo em seu funcionamento, conforme revelou Cláudio Sumida, Gerente geral da manutenção da CPTM, “o novo equipamento anula os incômodos ruídos e diminui as vibrações internas, oferecendo uma viagem mais tranquila”.

O novo compressor – modelo VV120T – é fabricado pela Knorr Bremse. De acordo com a empresa, o equipamento está sendo testado com sucesso em uma composição da série 2100, que opera na Linha 10 – Turquesa (Luz – Rio Grande da Serra). “Desde o início da operação não houve nenhuma falha do equipamento”, garante Sumida.

Segundo ele, outra unidade também será colocada em uma composição da série 2000, do Expresso Leste, que circula na Linha 11- Coral (Luz – Estudantes). Se confirmado o objetivo dos testes, a CPTM instalará o compressor em todos os trens que circulam pela região metropolitana de São Paulo.

Redução de custos

Para a CPTM, a principal função da peça é produzir ar comprimido para introdução em sistemas importantes do trem, como freio, portas, buzina, contatores, pantógrafo, controle de suspensão, entre outros.

Cláudio Sumida afirma que com a implantação do compressor VV120T, a malha de trilhos da companhia crescerá em qualidade de transporte auxiliando na árdua tarefa de reduzir custos com manuntenção.

“Não há necessidade de reabastecer (trocar óleo), nem de fazer a eliminação especial do líquido usado. A tecnologia dispensa componentes de troca preventiva como filtros de óleo e além disso, não agride o ambiente com resíduos de óleo, mantendo as tubulações do trem sempre limpas”, declara o gerente.

Tecnologia compatível

Sem revelar o total investido na importação do sistema, Sumida relata que a tecnologia pode ser implantada em outros meios de transporte por trilhos como trens de alta velocidade e veículos leves sobre trilhos. “O compressor também é compatível com as locomotivas movidas a diesel”, diz.

Autor: Webtranspo