A convite do diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, e como parte das atividades da vice-presidência de Assuntos Internos do Instituto de Engenharia foi realizada na primeira quinzena de setembro uma visita às obras do Rodoanel – Trecho Sul. Participaram da visita a diretoria do Instituto de Engenharia, associados e estudantes.
No Lote 3 do Trecho Sul, trevo Imigrantes, consórcio Queiróz Galvão e CR Almeida, o grupo foi recebido por Regina Delgado, do departamento de comunicação da Dersa, e pelos engenheiros Emílio, Pedro Paulo e Renato Bastos, e apresentados ao projeto pelo diretor de Engenharia da Dersa, Paulo Vieira de Souza.
A visita técnica teve uma completa inspeção de aprendizagem por terra, água e ar, programado pela Dersa. Por terra foram percorridos alguns pontos-chave do Trecho Sul de onde foram observadas a terraplanagem e os trevo Imigrantes/Anchieta, perto da maior rotatória de acesso/saída do Rodoanel com 1km de diâmetro, para facilitar o trânsito de grandes caminhões.
Posteriormente os visitantes embarcaram rumo a mais complicada das obras de arte do rodoanel, a ponte de 1,75 km de extensão sobre a Represa Billings.
“Pudemos observar os desafios e dificuldades da construção de uma ponte desse porte, podendo citar a forte influência do microclima da região, que despeja um denso nevoeiro até as 9h da manhã e que retorna por volta das 16h sobre a represa Billings no inverno, impossibilitando o andamento da obra”, diz Dennis Nakamura, estudante de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica.
Ele ressalta que no dia da visita, a ponte estava com um dos lados praticamente pronto e o outro já tendo alcançado mais de 50% da obra.
O sobrevoo de helicóptero foi sobre a porção completa do Trecho Sul, de onde puderam ser observados os diversos cortes e aterros do Lotes, os trevos, as pontes, e as seis praças de pedágio, que estão em etapa de concretagem, dando uma visão mais geral dessa importante obra nacional.
Sobre o Rodoanel Mário Covas
O Rodoanel Metropolitano Mário Covas localiza-se na Região Metropolitana de São Paulo e tem como seu principal objetivo interligar as mais importantes rodovias do País ao Porto de Santos. A ligação influenciará positivamente o sistema de logística de movimentação de carga do estado de São Paulo e do Brasil, e também o trânsito local de veículos.
O Rodoanel teve seu traçado inicial projetado em 1992, mas posteriormente modificado em 1998, quando o trecho norte, que passava por trás da Serra da Cantareira foi redesenhado, e foi também quando saiu do papel por iniciativa de Mário Covas, até então Governador do Estado de São Paulo.
O complexo foi projetado com 170 km de extensão, interligando importantes corredores do estado, como as rodovias Régis Bitencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhangüera, Bandeirantes, Fernão Dias, Dutra, Ayrton Senna, Anchieta e Imigrantes. Sua construção foi dividida em quatro trechos, Leste, Norte, Oeste (entregue em 2002), e Sul, em andamento.
O Trecho Sul tem 61,4 km de extensão e localiza-se entre a Rodovia Régis Bittencourt, na zona oeste de São Paulo, e a Avenida Papa João XXIII, em Mauá e estima-se que sua conclusão implicará na redução de cerca de 40% no movimento de caminhões na Marginal do Rio Pinheiros e de 35% na Avenida dos Bandeirantes.
As obras do Trecho Sul tiveram inicio em 2007, e na data da visita, aproximadamente 90% das obras do trecho estavam concluídas e este trecho tem sua data de entrega oficial para Março de 2010. A obra conta com investimentos da ordem de R$ 3,5 bilhões, envolvendo a sua construção, desapropriações, reassentamentos e compensações ambientais, e é a maior obra de engenharia em andamento hoje na América Latina. A obra do Trecho Sul foi dividida em cinco lotes, trecho Mauá/Anchieta, trevo Anchieta, trevo Imigrantes, Ponte da represa Billings e o trecho Parelheiros / Régis Bittencourt.
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Autor: Instituto de Engenharia – com colaboração de Dennis Nakamura
