Chesf quer mais apoio para viabilizar projetos

Um dos grandes questionamentos das empresas que geram energia elétrica, a partir de Usina Hidrelétrica (UHE), diz respeito ao recebimento de licenças ambientais. Com esse tema, o presidente da Chesf, Dilton da Conti Oliveira, fez sua apresentação no Energy Summit 2009.

Para que os projetos sejam viáveis, especialmente no quesito ambiental, há necessidade de que existam regras claras e estáveis e de que o governo federal mantenha os compromissos assumidos nos contratos para amortização de investimentos.

Conti explicou que o investimento para a construção de uma UHE está divido em três principais itens. O custo da obra abrange cerca de 60% do valor, seguido pelo custo de equipamentos (30%) e o restante em viabilização ambiental.

A proposta da companhia é otimizá-los, desde a construção, buscando quantificar os riscos de variação de gastos e possíveis atrasos. “É preciso deixar claro os critérios condicionantes ao longo do processo de licenciamento ambiental, além de ampliar os canais de comunicação com o Ministério Público, comunidade, Legislativo e Judiciário. É importante divulgar o empreendimento para a população local e mostrar a melhora que levará para a região”, declarou Conti.

Ao ser questionado sobre o racionamento de energia elétrica, o presidente afirmou que o Brasil necessita de 3 mil MW/ano e, com a queda do crescimento aliada às questões climáticas e à construção de novas unidades geradoras até 2014, não haverá racionamento.

Sobre o leilão de Belo Monte, o presidente ainda não soube dizer se participará apesar de ter condições para tal. “A decisão ficará por conta da holding Eletrobrás.” O projeto já foi estudado há muito tempo, inclusive por causa das questões ambientais.

Autor: Viviane Nunes