Projeto térmico depende de ações sustentáveis

Ibama condiciona empreendimento em Rio Grande ao respeito ambiental 

Para ser concretizado, o projeto da termelétrica em Rio Grande, proposto pela Gás Energy, precisa vencer um leilão de energia para comercializar sua geração. E a Instrução Normativa número 7/2009, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pode ajudar o sucesso da usina no certame.

A medida do Ibama determina que as instalações de novas termelétricas, abastecidas com carvão e óleo diesel, terão de ser compensadas com o plantio de árvores e outras ações que reduzam o impacto da emissão do dióxido de carbono liberado por essas usinas, o que aumentará o custo desses complexos. A decisão do Ibama não abrange as térmicas a gás natural.

O diretor da Usina Termelétrica Rio Grande Geração de Energia, Osvaldo Deiro, admite que a instrução normativa tornou-se um benefício indireto para as termelétricas a gás natural no processo de concorrência. “O nosso empreendimento fica mais competitivo neste momento”, afirma o dirigente. Deiro foi o palestrante da reunião-almoço do Conselho Deliberativo da Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) realizada ontem, em Porto Alegre.

A Usina Termelétrica Rio Grande Geração de Energia foi a empresa, constituída pela Gás Energy e suas sócias, para conduzir o empreendimento no município gaúcho. Deiro relata que o projeto encontra-se agora na etapa de obtenção de licença ambiental prévia. A expectativa é de que até agosto saia o licenciamento.

O projeto da termelétrica disputará um leilão de energia que será realizado no final do ano. Sendo vitoriosa no certame, o início das obras da usina está previsto para 2010 e o começo de operação para 2014. A estrutura está ligada à construção de um terminal de gás natural liquefeito (GNL) que será utilizado para alimentar a termelétrica. O investimento estimado nos dois complexos é de cerca de US$ 1,4 bilhão. A usina terá uma capacidade de geração de cerca de 1,28 mil MW (em torno de um terço da demanda média de energia do Rio Grande do Sul).

Autor: Jornal do Commercio – RS