ALL e Standard começam a operar por trilhos para Santos

Começou ontem a primeira operação para transportar contêineres por trilhos, entre a Região Centro-Oeste e o Porto de Santos, em São Paulo. A movimentação de 28 contêineres refrigerados, partindo de Santos, até um terminal no Mato Grosso, de onde eles voltarão carregados de carne até as docas santistas, é resultado da parceria anunciada entre a América Latina Logística (ALL) e a Standard Logística. No projeto são aplicados R$ 15 milhões, tanto no Terminal de Contêineres de Alto Taquari (MT), como na unidade intermodal de Cubatão (SP).

Sergio Nahuz, Diretor de Industrializados da ALL, afirmou que “em um ano, o terminal de Alto Taquari será o maior da ALL no segmento de contêineres. A movimentação é uma das que mais crescem no setor industrial, com aumento de 26% no ano passado e avanço previsto de 150% em 2009”, comunicou.

Segundo o diretor da ALL o novo terminal responderá por 40% do volume total de contêineres entre as regiões. Hoje, a ALL opera para os portos de Paranaguá, São Francisco e Rio Grande, sendo que com a nova estrutura as cargas originadas no Centro-Oeste serão armazenadas e receberão reforço de frio no terminal de Alto Taquari, de onde seguem para o Porto de Santos (SP).

Até o próximo mês, a ALL calcula a finalização da reforma de 400 vagões, para dar conta do avanço na demanda de cargas chamadas de “conteinerizadas”. A companhia revela ainda um estudo para a implantação de mais terminais, na regiões de Cruz Alta (RS), em Telêmaco Borba (PR), Ponta Grossa (PR) e Araraquara (SP), que devem dobrar os pontos de carregamento espalhados pela malha.

José Luis Demeterco Neto, presidente da parceira Standard Logística, vê na operação a possibilidade de redução de preço dos serviços. “Estamos lançando um modal concorrencial, capaz de reduzir o custo do frete entre 10 e 20%. Calculamos que chegaremos rapidamente a 2 mil contêineres.”

A previsão é de que nos primeiros três meses de atividade o terminal de Taquari chegue a um volume de 600 contêineres por mês, podendo chegar a casa das três mil unidades transportadas mensalmente dentro de alguns anos. Além dos refrigerados, a malha ferroviária de mais de mil quilômetros também estará disponível à movimentação de cargas secas, como por exemplo, algodão e couro.

Autor: DCI