Uma estimativa da Unica (União das Indústrias de Cana de Açúcar) prevê que em 2020 a fabricação brasileira de etanol atingirá a marca de 65 bilhões de litros. Atualmente, este número é de aproximadamente 28 bilhões, segundo projeções da entidade, que deve consolidar este resultado no fim deste ano.
“O mercado vem crescendo de forma consistente. Nos últimos anos vimos que o segmento de veículos flex tem ganhado espaço no Brasil, o que ajuda toda a cadeia”, argumenta Alfred Szwarc, Consultor de emissões e tecnologia da Unica.
Apenas no primeiro semestre deste ano, foram emplacados mais de 1,2 milhão de veículos flex no País, segundo dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Este número, de acordo com as informações apresentadas pela entidade, representa 92% do total de automóveis comercializados no Brasil, excluindo os veículos a diesel.
“No mercado brasileiro, os veículos flex já ganharam o mercado. A população convive há mais de 30 anos com motores movidos a álcool. Com a tecnologia, os consumidores podem utilizar os dois combustíveis”, aponta Szwarc.
E prossegue: “algumas montadoras já possuem toda a produção apenas destinada a veículos bicombustíveis. Há fábricas onde os automóveis apenas a gasolina estão em fase de adaptação para flex ou são importados”.
Para Marcos Jank, presidente da Unica, “vivemos uma situação irreversível dos consumidores pelo carro flex, uma opção sustentável, econômica, que gera empresas e desenvolve a indústria nacional”.
Além disso, segundo Antonio Rodrigues, Diretor técnico da entidade, é importante perceber que, enquanto a demanda por gasolina no primeiro semestre manteve-se estável, a de etanol hidratado subiu fortemente. “Isto ratifica o aumento da frota dos carros flex neste semestre”, finalizou o executivo.
Autor: Webtranspo
