Shell inicia produção no Parque das Conchas

A Shell iniciou a produção nos múltiplos campos do projeto Parque das Conchas (antigo BC-10), localizado a 110 quilômetros da costa do Espírito Santo e onde se encontram reservatórios de óleo pesado a quase 2 quilômetros de profundidade na Bacia de Campos.

“Isso representa um importante marco na extração de óleo de águas profundas no Brasil e demonstra a capacidade da Shell de desenvolver projetos dentro do cronograma previsto e do orçamento planejado em um ambiente complexo”, disse o Diretor de Upstream da Shell nas Américas, Marvin Odum. “Estamos orgulhosos dos avanços que atingimos em diversas tecnologias com o projeto, dos empregos criados e dos investimentos gerados. É um testemunho do forte relacionamento e dos valores compartilhados — uma parceria verdadeira entre as pessoas, o governo do Brasil e a Shell”, acrescenta.

O projeto do Parque das Conchas tem duas fases e a produção inicial é traçada a partir de três campos: Abalone, Ostra e Argonauta B-West. A primeira etapa, em operação agora, envolve nove poços produtores e um poço injetor de gás. A segunda fase terá como foco o campo Argonauta O-North. A Shell executou uma série de novas e avançadas tecnologias para fazer frente aos diversos desafios do projeto, entre eles a profundidade da água e a viscosidade do óleo.

Bombas elétricas de 1.500 cavalos de potência impulsionam o petróleo extraído, por 1.800 metros, até a superfície para o processamento na plataforma flutuante de produção, estocagem e transferência (FPSO) Espírito Santo, com mais de 330 metros de comprimento. A embarcação tem capacidade para processamento diário de 100 mil barris de petróleo e 1,42 milhão de metros cúbicos de gás natural, além de poder armazenar cerca de 1,5 milhão de barris de petróleo para carregamento até a costa por navios-petroleiros.

Destaques de tecnologia do projeto: O Parque das Conchas é o primeiro projeto com todos os campos desenvolvidos com base no sistema de separação e bombeio submarinos de petróleo e gás.

A profundidade da água suscitou a necessidade de diminuição do peso e o desenvolvimento de risers com flutuadores — tubos flexíveis com quilômetros de extensão que ancoram o FPSO.

A geologia dos campos com formações dispersas demandou a utilização de poços horizontais a fim de otimizar a produção.

Para manter o fluxo do óleo pesado (API 16° – 42°), o FPSO, com capacidade de gerar 68 megawatts de potência, é responsável pela alimentação de energia para os sistemas de separação e bombeamento de alta pressão nas águas profundas através de grandes umbilicais elétricos.

Com o objetivo de evitar queima e reduzir emissões de CO2, o gás natural produzido com o óleo vai ser separado e bombeado de volta para o interior do campo de Ostra até que o gasoduto de exportação esteja completo.

1. Participações no projeto – Shell Brasil Ltda. (operadora – 50%); Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras (35%); e ONGC Campos Ltda. (15%). A Shell já produz petróleo no Brasil desde 2003, nos campos de Bijupirá e Salema.

2. Linha do tempo do projeto: Primeira descoberta em poço perfurado em 2000 | Última descoberta em poço perfurado (até o momento) em 2003 | Decisão final de investimentos em outubro de 2006.

Perfil da Shell Brasil – Ao longo de 96 anos no Brasil, a Shell garante aos consumidores brasileiros investimentos em novas tecnologias e produtos de qualidade. A empresa tem atualmente cerca de 2,7 mil postos na rede de Varejo e, em 2008, atendeu a aproximadamente 1.450 clientes no segmento Comercial. Além de 56 pontos de abastecimento de Aviação, fazem parte do negócio de downstream as áreas de Lubrificantes, Químicos, Shell Marine e Suprimentos e Distribuição. Em upstream, a empresa conta no país com as áreas de Exploração e Produção e de Gás Natural e Geração de Energia. São sete blocos de exploração offshore e cinco onshore, um bloco em fase de desenvolvimento (BS-4) e, além do Parque das Conchas, outro ativo em produção (Bijupirá e Salema). A Shell foi a primeira empresa privada a produzir petróleo na Bacia de Campos após a abertura do mercado. [Site www.shell.com.br]

Autor: Portal Fator Brasil