Membros da cadeia produtiva da construção civil discutiram a etiquetagem de eficiência energética para prédios não residenciais em São Paulo

CBCS, SindusCon-SP, Ministério de Minas e Energia, Eletrobrás/Procel, CBIC, e Inmetro realizaram workshop para construtores, incorporadores, projetistas, pesquisadores, órgãos públicos e fabricantes de insumos. 

Os edifícios não residenciais passarão a mostrar o grau de sua eficiência na conservação de energia por meio de uma “etiqueta”, emitida pelo programa Procel Edifica, do Ministério de Minas e Energia/Eletrobrás, a exemplo do que já acontece com geladeiras e máquinas de lavar roupas e louça. Ainda pouco conhecido pela cadeia produtiva da construção civil, este programa de etiquetagem de eficiência energética em edificações foi detalhado e debatido durante o workshop “Etiquetagem de Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos”, que aconteceu dia 2 de julho na sede do SindusCon-SP. 

O tema, de grande importância para setor, trata de ganhos ambientais que novas tecnologias para a eficiência energética podem trazer para a cadeia construtiva, como a redução de gases efeito estufa. A eficiência energética no setor também será discutida no 2º Simpósio Brasileiro da Construção Sustentável, uma iniciativa do CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – em 24 de agosto, no WTC Convention Center. Na ocasião, especialistas no tema irão apresentar soluções inovadoras que podem ser usadas nos edifícios como parte do programa de etiquetagem discutido no workshop. 

Regulamentado em 2007, o processo de etiquetagem de edifícios ainda é voluntário e será feito sob coordenação do Inmetro. Para Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Deliberativo do CBCS, “não há como ficarmos alheios a este programa tão importante para o setor, pois quem estiver desatualizado com as novas tecnologias mais sustentáveis, provavelmente estará fora do mercado. No caso de edifícios, a redução de custo que a etiquetagem proporciona na economia de energia é refletida no menor custo para a construção e maior beneficio em longo prazo ao meio ambiente”. 

Voltado a construtores, incorporadores, projetistas, pesquisadores, órgãos públicos e fabricantes de insumos, o workshop apresentou o modelo de avaliação do nível de eficiência energética em edifícios. A etiquetagem é parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) no qual “A” indica o melhor índice de eficiência enérgica e “E” o pior. Para a avaliação, são medidas a envoltória do edifício, iluminação e ar condicionado, e todos os itens, somados, formam um percentual de consumo do edifício de serviço ou público. 

Por meio de estudos de casos, o workshop cumpriu o objetivo de orientar empresas na elaboração de projetos eficientes, além de discutir com os agentes públicos os avanços e fatores limitantes para aplicação e incorporação de políticas públicas.

Autor: Portal Fator Brasil