IBGE divulga desempenho da construção civil em 2007

Setor contratou 1,8 milhão de trabalhadores, que representaram um gasto anual de R$ 30,6 bilhões
A Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) concluiu que as 110 mil empresas da indústria da construção possuíam mais de 1,8 milhão de pessoas empregadas em 2007. 

O estudo elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ainda revelou outros aspectos com relação a salários, principais tipos de obras construídas, investimentos e materiais de construção adquiridos. 

Este total de empregados representou um gasto anual de R$ 30,6 bilhões, dos quais R$ 20,7 bilhões foram empregados em salários, retiradas e outras remunerações, o que significou uma média mensal de 2,3 salários mínimos aos trabalhadores. 

O levantamento ainda apontou que o Sudeste foi a região dos maiores salários do País. A remuneração média passou de R$ 850,11 para R$ 1.068,36 entre 2003 e 2007. O Centro-Oeste registrou aumento na média das remunerações, de R$ 701,46 em 2003 para R$ 883,97 em 2007 e a região Nordeste teve média salarial de R$ 769,59. 

Obras construídas 

As empresas de construção realizaram, em 2007, obras e serviços no valor de R$ 128 bilhões e obtiveram receita operacional líquida de R$ 122,7 bilhões, sendo que as construções executadas cresceram 16,9%, assinalando um aumento real de 10,9%, na comparação com 2006. 

A construção de edificações industriais, comerciais e outros empreendimentos não-residenciais foi o segmento que mais cresceu com relação a 2006, representando um acréscimo nominal de 31,4%. Já as obras residenciais avançaram 6,3%. Por fim, o valor das obras de infraestrutura foi, em 2007, 13,5% superior ao ano anterior. 

Aquisições e investimentos 

Em 2007, segundo a pesquisa, os investimentos brutos da indústria da construção em ativos imobilizados totalizaram cerca de R$ 5,1 bilhões. Neste quesito, a aquisição de máquinas e equipamentos foi o principal investimento e representou 44,2% do total. Em seguida, vieram os gastos com meios de transporte (23,1% do valor investido); as compras de terrenos e edificações (21,3%); e outras aquisições (móveis, microcomputadores e ferramentas), que representaram 11,4% do total. 

O principal material de construção adquirido foi o cimento, que representou 27,4% do valor dos produtos pesquisados na atividade, seguido pelo asfalto (20,6%), concreto usinado (20,5%), vergalhões (20,4%) e tijolos (11,1%).

Autor: PINIWeb