Tolmasquim argumenta que a substituição tem uma série de vantagens, entre elas, a menor emissão de gás carbônico
O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Maurício Tolmasquim, sugeriu ao Ministério de Minas e Energia que usinas térmicas à óleo combustível, ainda em construção, sejam convertidas para gás natural, informa a coluna de Guilherme Barros na edição desta terça-feira da Folha (a íntegra da reportagem está disponível somente para assinantes do jornal ou do Uol).
A sugestão foi encaminhada por meio de uma nota técnica ao ministro Edison Lobão. Tolmasquim argumenta que a substituição tem uma série de vantagens, entre elas, a menor emissão de gás carbônico. Foi justamente esse ponto que gerou muitas críticas entre ambientalistas aos leilões, por concentrarem muitas usinas térmicas movidas à óleo, mais poluidoras.
Há dificuldades técnicas para viabilizar a sugestão do presidente da EPE, principalmente logísticas: as usinas convertidas precisam estar próximas a gasodutos.
As usinas movidas a carvão representam hoje 1,4% da geração de energia elétrica no país, enquanto as usinas a óleo são responsáveis por 4,6% da matriz. Já as usinas a gás produzem quase o dobro das térmicas a carvão e óleo juntas.
Mas a participação das fontes de geração de energia que mais emitem gases-estufa vem aumentando no país em comparação a usinas e pequenas centrais hidrelétricas, nos últimos leilões para oferta de energia nova. O Plano Decenal de Energia prevê a construção de mais 68 usinas movidas a combustíveis fósseis até 2017 e a consequente queda da participação de fontes limpas de energia.
Autor: Folha Online
