Formandos de Engenharia Elétrica da FEI criam identificadores de cédula e de ônibus para cego

Proporcionar mais independência e segurança aos deficientes visuais é objetivo de formandos do curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), ao desenvolverem tecnologias que reconhecem cédulas de dinheiro e permitem ao deficiente identificar o ônibus que deseja embarcar e o local de desembarque. Outra inovação é um painel automotivo que tem as informações projetadas no pára-brisa do veículo. Estas novidades estão entre 12 trabalhos que serão apresentados nesta quinta-feira (11), a partir das 19h, na 35ª Elexpo (XXXIII Elexpo – Exposição dos Trabalhos de Formatura do Curso de Engenharia Elétrica da FEI). A exposição, que é gratuita, será no Ginásio de Esportes do campus São Bernardo e aberta ao público. 

O identificador de cédulas para deficientes visuais tem 12 cm de largura, é portátil e de fácil utilização. Para o sistema reconhecer, é preciso dobrar a cédula (de qualquer valor em reais) ao meio e inserir no equipamento. Ao se pressionar um botão, imediatamente o aparelho identifica a cédula e 'informa' o valor da nota. “Conversamos com pessoas que trabalham com deficientes visuais e elas apontaram que a maior dificuldade deste público é reconhecer dinheiro porque dependem de outras pessoas”, explica o estudante Fernando Otoshi. O protótipo custa cerca de R$ 280. 

Parada do ônibus – o Blind Transport é um aparelho que permite ao cego localizar o ônibus que deseja embarcar e o ponto de desembarque. O projeto é composto por três circuitos: um para o usuário e os outros instalados nos ônibus e nas paradas. Ao chegar no ponto de ônibus, o deficiente digita no aparelho a linha de ônibus que deseja embarcar e quando o veículo está a cerca de 150 m de distância, o aparelho, que está nas mãos do deficiente, vibra e apita, avisando que o coletivo se aproxima. 

Ao embarcar, o passageiro reinicia o aparelho e digita o número do ponto que deseja desembarcar. Para isso, cada ponto precisa ser numerado. Quando o ponto se aproximar, o aparelho de novo avisa o deficiente.

 Para que haja comunicação entre o ponto de ônibus, o ônibus e o passageiro, cada veículo precisa ser equipado com um sistema eletrônico. Quando uma luz azul, instalada no painel, acender, o motorista saberá identificar que em determinado ponto tem deficiente visual para embarcar. “Também desenvolvemos um software que evita interferência no funcionamento do sistema caso haja mais de um usuário especial com o mesmo itinerário”, diz o aluno Flavio Buffolo. 

Painel automotivo – Os formandos desenvolveram um painel automotivo em que as informações são projetadas no pára-brisa. A idéia é substituir o painel convencional por este, que transmite ao motorista diversos dados, como velocidade, temperatura da água, combustível e RPM, além de alertas sobre seta, bateria, óleo, farol e freio de mão. 

O pára-brisa inteligente é constituído por um módulo de controle eletrônico, responsável por processar os dados coletados do automóvel e fornecer as informações que são apresentadas ao condutor no painel, e por uma placa que projeta as indicações de navegação no pára-brisa. “Com o painel, o motorista não precisa abaixar a cabeça para olhar o painel, pois as informações ficarão no seu campo de visão”, destaca a aluna Soraya Ramos. 

Na 35ª Elexpo, o visitante poderá ver, ainda, um aquário microcontrolado, cardápio eletrônico, sistema de assistência a portadores de traumatismo cranioencefálico, secadora de roupas automatizada, gerenciamento interativo veicular, detector inteligente de combustível veicular, dispositivo para gerenciamento de energia elétrica, controlador inteligente de medicamentos e tecnologia de gerenciamento de sistemas via dispositivo móvel.

Autor: Assessoria de imprensa