Construtoras vão contratar em 2009

Em plena crise financeira, diversas construtoras lançaram com sucesso empreendimentos imobiliários e começarão a contratar pessoal para edificá-los no início de 2009. A revelação foi feita por representantes de empresas presentes à reunião da Diretoria, Diretores Regionais, Representantes à Fiesp e membros dos Conselhos Consultivo e Fiscal do SindusCon-SP, em 27 de novembro.

O tema será abordado na entrevista coletiva do SindusCon-SP à imprensa em 3 de dezembro, às 11h, na sede do sindicato (r. dona Veridiana 55). Confirmações de presença: [email protected]

Na reunião, o diretor comercial de Originação de Negócios Imobiliários da Rio Bravo, Avelino Alves Palma Neto, afirmou que os investidores estrangeiros vêem com bons olhos o setor imobiliário e aguardam a crise amainar para voltar a investir. “Neste momento de falta temporária de liquidez, as construtoras devem aproveitar para padronizar contratos, deixar seus números transparentes e fazerem auditoria, porque os investidores vão voltar em 2009”, disse.

Segundo Palma, falta liquidez no mercado de recebíveis, cuja taxa em setembro era de até 12%, e agora está em até 16%. Houve queda nas vendas de imóveis não enquadrados no SFH (acima de R$ 350 mil). Entretanto, imóveis comerciais estão sendo vendidos “de forma significante”.

Contudo, segundo os vice-presidentes de Imobiliário, Odair Senra e Marcos Roberto Campilongo Camargo, e de Relações Capital-Trabalho, Haruo Ishikawa, “o imóvel certo, no local certo e para a demanda certa” continua sendo comercializado normalmente. O vice-presidente de Tecnologia e Qualidade, Mauricio Bianchi, relatou casos de construtoras que estão “cheias de obras”, incluindo uma das maiores listadas em Bolsa. E O representante do SindusCon-SP junto à Fiesp Eduardo Capobianco afirmou duvidar que a crise tenha atingido a construção na dimensão retratada por alguns veículos de imprensa.

Já o diretor de Economia, Eduardo Zaidan, afirmou que “vivemos uma crise séria, que vai passar. O momento é de preparar as empresas para o que virá depois: a retomada da economia em novo formato, com um mercado mais seletivo e uma percepção mais aguda do que é risco.”

Autor: SindusCon