O licenciamento apenas de hidrelétricas com reservatórios a fio d’água vai demandar a maior utilização de térmicas na matriz energética brasileira

O licenciamento apenas de hidrelétricas com reservatórios a fio d’água vai demandar a maior utilização de térmicas na matriz energética brasileira. A conta, do consultor Mário Veiga, da PSR Consultoria, leva em consideração o fato de esse tipo de usina precisar de maior geração térmica, uma vez que não têm capacidade de regularização. 

“Isso não é a solução mais eficiente para o Brasil”, disse, durante palestra no XII Congresso Brasileiro de Energia, que acontece até hoje (19/11), no Rio de Janeiro. Veiga afirmou ainda que a idéia de se utilizar usinas-plataformas também pode privilegiar o uso de térmicas. 

Em 17/11, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, defendeu que o Ibama não vai licenciar mais hidrelétricas com grandes reservatórios e que todos os projetos hidrelétricos sejam a fio d’água e com turbinas bulbo. O ministro sugeriu ainda a instalação de “usinas-plataformas”, com poucas pessoas trabalhando dentro das plantas para evitar que a migração populacional provoque impactos socioambientais. 

Também presente ao evento, o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, voltou a defender o destravamento do licenciamento ambiental para hidrelétricas. Assim com Veiga, ele afirmou que quanto menor o tamanho dos reservatórios, maior o número de térmicas no SIN. “Em nome do meio ambiente nunca se fez tão mal ao meio ambiente”.

Autor: Assessoria de imprensa