Concessionárias terão de correr na disputa dos leilões este ano

As grandes empresas de concessões rodoviárias, como a Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) e a OHL Brasil, terão de correr com as propostas para levarem, neste final de ano, a disputa dos próximos leilões de rodovias. Depois de a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ter confirmado em 1º de dezembro a concorrência para um trecho de 680 quilômetros da BR-116/324, que passa pelos Estados da Bahia e de Minas Gerais, a Secretaria Estadual de Transportes do Estado de São Paulo liberou, ontem, as tão esperadas licitações dos cinco lucrativos lotes paulistas já para o dia 29 próximo.

As cinco estradas paulistas que irão a leilão Ayrton Senna/Carvalho Pinto, Dom Pedro I, Raposo Tavares e Marechal Rondon, exigirão pagamento de outorga de quase R$ 3,5 bilhões, e a concorrência será pelo menor preço da tarifa , a exemplo do últimos leilões.

Oneradas com os aportes que necessitam realizar, referentes aos últimos leilões que levaram, do Rodoanel Paulista e das rodovias federais, CCR e OHL, que declararam abertamente interesse pelos novos trechos, devem se mobilizar para participar dos próximos eventos.

Segundo Gabriel Feriancic, especialista em transportes da Sistransp Engenharia, em entrevista exclusiva, há bom relacionamento entre governos e concessionárias, pois foram honrados os contratos recentes. “Empresas e bancos mostram interesse nos leilões, e isso mostra que o País está forte perante a crise e há maturidade de ambos os interessados”, analisou.

Tanto é assim que a secretaria paulista dos Transportes sinalizou que há interesse de bancos – como Nossa Caixa, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES)- e da Confederación Andina de Fomento (CAF) de financiar os projetos paulistas. Isso pode fortalecer o interesse das empresas em participar do processo, com essa maior garantia da obtenção de recursos.

Entre os quatro casos, existe disposição da Caixa em oferecer crédito de até R$ 759 milhões, enquanto o BID, por sua vez, estabeleceu teto em 25% da obra ou até um limite de US$ 200 milhões. Já a CAF poderá financiar até US$ 400 milhões, junto com outros parceiros, e finalmente o BNDES, que afirmou poder bancar até 70% dos aportes previstos pelos seis primeiros anos concedidos, a um prazo de pagamento de 144 meses.

Autor: DCI