Ibama libera gasoduto Taubaté-Caraguá

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) deu sinal verde para a instalação do gasoduto Taubaté-Caraguatatuba, o Gastau. A Petrobras estima investir R$ 500 milhões no empreendimento.

O gasoduto terá 94,1 quilômetros de extensão, com dutos de 28 polegadas de diâmetro e deve gerar cerca de 2.000 empregos em sua construção. A LI (Licença de Instalação) foi concedida no último dia 20 e tem validade de dois anos a partir da data de sua emissão.

O documento discrimina as condições impostas pelo Ibama para a implantação da rede de dutos. O cronograma de obras ainda não foi divulgado pela Petrobras.

A obtenção da licença é condicionada à preparação dos estudos de EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental). O gasoduto será gerenciado pela TAG (Transportadora Associada de Gás), empresa do sistema Petrobras.

O ramal integra o Projeto Mexilhão, orçado em R$ 4,5 bilhões, além da UTGCA (Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato) e a PMX-1 (Plataforma Mexilhão 1). A unidade teve sua licença de instalação expedida em outubro de 2007 e a plataforma, em 1º de abril deste ano. 

Transporte

 O gás transportado pelo ramal virá da UTGCA, localizada na fazenda Serramar em Caraguá, em uma área de um milhão de metros quadrados.

A unidade está em fase inicial de obras e já emprega mais de 700 pessoas na execução dos trabalhos de terraplenagem e estaqueamento. A previsão é de que o local gere outros 2.500 empregos.

A unidade terá capacidade de processamento de 15 milhões de metros cúbicos de GLP (gás de cozinha), volume equivalente a quase dois terços do que o Brasil hoje importa da Bolívia.

O produto seguirá pelo Gastau até Taubaté, onde será distribuído ao mercado consumidor por meio do gasoduto Campinas-Rio de Janeiro.

Na UTGCA também serão produzidos 20 mil barris de gasolina natural (C+5 condensado) por dia, que irão por outro duto de 19 quilômetros de extensão até o Tebar (Terminal Almirante Barroso), da Transpetro, em São Sebastião. 

Plataforma

 O processamento feito na unidade será realizado a partir da captação feita na PMXL-1, localizada na Bacia de Santos, a 173 quilômetros da costa de Caraguá.

A plataforma está em construção no estaleiro Mauá, em Niterói (RJ) e será interligada à UTGCA por um duto submarino com um pequeno trecho terrestre.

A PMXL-1 será a maior plataforma fixa do Brasil. O Projeto Mexilhão e está inserida no PAC (Plano de Aceleração de Crescimento), do governo federal, e no Plangas (Plano de Antecipação da Produção de Gás) da Petrobras.

A jazida do Campo de Mexilhão foi descoberta em 2004. O potencial da reserva é de 420 bilhões de metros cúbicos, a maior de gás natural já encontrada no país.

Autor: Jornal Vale Paraibano