Cresce número de engenheiros e arquitetos estrangeiros no País

O Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) registrou aumento de 27,66% nos pedidos de permissão por engenheiros estrangeiros para atuarem no Brasil em 2007. No total, 47 profissionais estrangeiros foram registrados no último ano, contra 34 em 2006. 

Apesar da baixa participação, o Confea estima que esse número chegue a 100, o que representa um aumento de 47%. “Há um mercado aquecido na engenharia e arquitetura, há expansão de empresas e também houve um aumento na procura de registro de profissionais estrangeiros”, afirma Ricardo Veiga, presidente em exercício do Confea. 

Segundo Veiga, a alta velocidade do crescimento, da execução dos empreendimentos e aplicação das novas tecnologias criaram carência de profissionais em algumas funções da engenharia nacional. Ele não considera a importação de profissionais uma ameaça ao emprego dos brasileiros desde que a atuação estrangeira se limite às funções em que há falta de engenheiros. “Não vamos aceitar a atuação de estrangeiros em áreas que temos domínio técnico e oferta de profissionais. Um exemplo é na industrialização do setor”, diz. 

O presidente do Instituto de Engenharia, Edemar de Souza Amorim, aponta que diversos países enfrentam escassez de engenheiros. “Está se operando com os profissionais do setor da mesma forma que em equipamentos. Se não há no parque nacional, importa-se”. 

Amorim também concorda que haverá crescimento no número de engenheiros estrangeiros atuando no Brasil e considera a estimativa do Confea baixa. “As empresas estão trazendo. Não há ninguém de fora retirando emprego de brasileiros”. Segundo ele, há mercado para todos. “O país diploma apenas 23 mil profissionais do setor por ano, entre instituições boas e ruins. Se o engenheiro não está empregado, talvez ele seja o engenheiro errado”, alfineta. 

A regularização do profissional estrangeiro depende de dois órgãos. O primeiro é a Coordenação-Geral Imigração que apenas autoriza o ingresso do estrangeiro no Brasil para fins de trabalho. Os procedimentos são encontrados no site www.mte.gov.br/trab_estrang/ 

O Ministério do Trabalho e Emprego não soube estimar quantos profissionais estrangeiros atuam no país. Entretanto, o Coordenador-Geral de Imigração, Paulo Sérgio de Almeida, informou que o estrangeiro e a empresa responsável no Brasil devem providenciar as medidas necessárias para o cumprimento da legislação interna brasileira para o exercício profissional. No caso de engenheiros, eles devem se inscrever no órgão de registro profissional competente após a sua chegada ao país e antes de iniciar o exercício profissional, ou seja, no sistema Confea/Crea.

Autor: PINIWeb