Biocombustíveis não interferem na produção de alimentos, diz especialista

Com a promoção do Instituto de Engenharia, a sexta Mesa Redonda 2008 sobre “Biocombustíveis: sustentabilidade consciente”, realizado no dia 14 de maio, teve a participação do Prof. Luiz Augusto Horta Nogueira, especialista em Planejamento Energético pelo Instituto de Economia Energética e professor da Universidade Federal de Itajubá (MG). 

O encontro, que foi transmitido ao vivo pela internet, contou com a presença do presidente Edemar de Souza Amorim e do diretor de Relações Externas, Francisco Christovam, como mediador; além dos diretores de Relações Internacionais e Secretário como debatedores, Miracyr Assis Marcato e Marcos Moliterno, respectivamente. 

Ao iniciar os trabalhos, o presidente expôs a atualidade e a importância do tema citando algumas reportagens publicadas em diversos veículos de comunicação nacional e estrangeiros sobre a relação do biocombustíveis e a crise alimentar. 

Em sua explanação, o professor comentou também o problema envolvendo biocombustíveis e segurança alimentar. De acordo com ele, no mundo, há 15 bilhões de hectares de áreas cultiváveis, mas apenas 10% são efetivamente utilizadas. “Dizer que está faltando alimento porque colocaram terras produzindo biocombustível é má fé ou ignorância”. 

Dentre os biocombustíveis existentes, o palestrante focou dois deles: etanol e biodiesel no Brasil. Segundo Nogueira, essas bioenergias estão em fases distintas. Enquanto o biodiesel está iniciando o seu processo de desenvolvimento, carecendo ainda de definição de matéria-prima, objetivos e rotas tecnológicas, o etanol está muito mais avançado tecnologicamente e, conseqüentemente, mais competitivo. “A cadeia do etanol de cana se mostra consolidada e sustentável, com perspectivas de atender a demanda interna e exportar, colaborando também na oferta de energia elétrica”, enfatizou. 

Lembrou da contribuição dos engenheiros Lauro de Barros Siciliano, que foi associado do Instituto de Engenharia, além de Fernando Sabino de Oliveira e Urbano Ernesto Stumpf, para o início das pesquisas com o etanol. 

Finalizou dizendo que “o desempenho global da produção bioenergética é função direta da tecnologia e do potencial local, favorecendo o Brasil”. 

No final do debate, a platéia e os internautas puderam fazer perguntas ao palestrante. Para assistir o conteúdo completo da mesa redonda, acesse a nossa videoteca, na área TV Engenharia, a partir de 26 de maio.

Autor: Fernanda Nagatomi