ESG na Indústria Química Automotiva: Impactos Positivos no Meio Ambiente e na Sociedade

*Por Carlos Alberto Matrone e Paulino Graciano Francischini

RESUMO
ESG é uma sigla em inglês que significa “environmental, social and governance”, ou seja, são as práticas ambientais, sociais e de governança que ajudam as organizações na promoção de políticas para a proteção do planeta, com impactos diretos nas nossas vidas. O cidadão ESG é aquele que, além de poupar água, separar o lixo e reciclar o óleo de cozinha, as garrafas de polietileno tereftalato (PET) e as latinhas, também participa da coletividade e busca contribuir para tornar o ambiente comum mais saudável. As práticas desse tema melhoram a qualidade de vida das pessoas e levam as corporações ao sucesso, pois esses três pilares conduzem a um resultado positivo no presente e no futuro quando aplicados de maneira responsável e coletiva. Este estudo discorre a respeito dos resultados de uma empresa química que atua no setor automotivo referência em práticas de sustentabilidade, com ênfase ao meio ambiente. Os conceitos e exemplos mostrados aprofundam o entendimento das atuais ações do ESG no meio administrativo de modo geral.

1. Introdução
O conceito de Environmental, Social and Governance (ESG) visa garantir o bom funcionamento e a boa imagem das instituições para gerar maior credibilidade nos negócios, melhores resultados financeiros, alta qualidade de produtos/serviços e, como consequência, maior satisfação dos clientes. O tema ESG contribui para que as empresas estejam inseridas nas práticas de meio ambiente, de conduta social e de administração corporativa, o que impacta na melhor condução nos negócios, dada sua influência nas ações tomadas na rotina diária.

As ações que vinham sendo adotadas pelas empresas não seguiam decisões que respeitassem ou considerassem a repercussão nos campos ambiental, social ou administrativo. São exemplos de ações que geram impactos, positivos ou não: a decisão de desmatar um terreno para ampliar uma empresa, a aprovação de contratar pessoas com deficiência ou a aprovação financeira para a escolha de fornecedor com credibilidade no mercado. De acordo com um relatório da PricewaterhouseCoopers (PwC), é esperado que, até 2025, 57% dos ativos e fundos da Europa estejam alocados em empresas que levam em conta os princípios ESG[1].

Em 2020, eram 15,1%, demonstrando que, muito mais do que uma tendência, investir nessa iniciativa é uma oportunidade de atrair público e investidores para o negócio[1]. Para Barbieri[2], o desenvolvimento sustentável une a todos: do industrial movido por resultados econômico-financeiros ao agricultor de subsistência que minimiza os riscos de sua atividade; do trabalhador em busca de equidade ao indivíduo preocupado com a poluição ou com a proteção da fauna e da flora; do gestor de políticas públicas maximizadoras de crescimento ao burocrata visando a objetivos de curto prazo e ao político interessado em votos.

O mercado e a opinião pública exigem que algumas condutas sejam adotadas pelas empresas para mostrar resultados relevantes e mensuráveis das práticas ESG, em contraposição à proposta de planos que não se concretizaram no passado e com pouca probabilidade de realização no futuro. Em outras palavras, exigem ações, e não apenas promessas e narrativas, já que para que uma empresa se manter ativa em um contexto cada vez mais competitivo, mesmo em momentos de crise, o mercado e o comportamento do público exigem a adoção de algumas condutas.

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* Carlos Alberto Matrone – Engenheiro de Produção Mecânica graduado pela Faculdade de Engenharia Industrial (1996). Consultor de Projetos pela FIA Consultoria.
Paulino Graciano Francischini – Engenheiro de Produção graduado pela Escola Politécnica da USP (1980). Coordenador e Professor da Fundaçãoo Carlos Alberto Vanzolini, EPUSP.