Estratégias de valorização profissional mobilizam Crea e entidades de classe

Ao desbravar o mercado de trabalho, é importante ter um ecossistema formado por diferentes frentes de defesa e promoção da ética, do compromisso com a sociedade e do desenvolvimento tecnológico.

Quem é das áreas Engenharia, da Agronomia e das Geociências encontra esse apoio no Crea – órgão fiscalizador do exercício profissional de engenheiros, agrônomos e geocientistas – e nas entidades de classe.

Já as entidades de classe, como são conhecidas as agremiações civis sem fins lucrativos que atuam na representação desses grupos, estendem a finalidade do Crea-SP com outra missão ainda mais ampla, a de promover o aprimoramento técnico profissional e a valorização da classe por meio da formalização de parcerias que viabilizem essas ações. O elo entre as instituições é o profissional, que transita por todos os ambientes ligando-os à população.

Segundo Daniel Montagnoli Robles, assessor da Presidência do Crea-SP, a valorização do profissional é o resultado de três importantes iniciativas: capacitação, divulgação da legislação profissional e associativismo, que são os maiores objetivos das entidades.

Mas o que seriam exatamente essas três iniciativas?

A capacitação são cursos, palestras, workshops e outras ações de imersão em temáticas da área tecnológica, como big data, inteligência artificial, cidades inteligentes, entre outros assuntos que incentivam e promovem o aprimoramento técnico profissional e o progresso por meio da produção de estudos, pesquisas e conhecimentos tecnocientíficos construídos e compartilhados dentro das associações, com a participação efetiva do Crea-SP.

Esse aprimoramento técnico parte da proposta do Conselho Regional, uma vez que sua atuação direcionada à fiscalização profissional possui caráter educativo e orientativo. “Se há um responsável técnico em atuação, há mais uma cadeira ocupada por um profissional devidamente habilitado, atualizado e preparado para executar tal atividade”, esclarece o coordenador do Colégio de Entidades de São Paulo (CDER-SP), fórum consultivo do Crea-SP, e presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Osasco (AEAO), Eng. Civ. Leandro Azeredo Fogaça.

Isso quer dizer que, tendo em vista que a habilitação, a capacitação e o aprimoramento técnico do profissional refletem diretamente na entrega de serviços, o benefício da qualificação não atende apenas às necessidades do mercado e de quem atua nele, mas resulta em mais segurança, eficácia e qualidade para a população.

Tal iniciativa é vista no Crea-SP Capacita (www.creasp.org.br/capacita), programa de atualização e formação para profissionais registrados, colaboradores, estudantes e outros interessados.

Para o coordenador da Comissão Permanente de Orçamento e Tomada de Contas (COTC) do Conselho e presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Piracicaba (AEAP), Eng. Civ. Luis Chorilli Neto, o aprimoramento precisa ser contínuo. “O profissional menos capacitado terá, a cada dia, mais dificuldade em atuar. As atividades de aperfeiçoamento devem ser encaradas como requisito técnico para que sejam sempre aproveitadas”, comenta.

As próprias associações mantêm uma relação de parceria com o Crea-SP e as instituições de ensino para a promoção dos mais diversos formatos de qualificação profissional, facilitando o acesso àqueles que pretendem manter-se atualizados.

A divulgação da leis e normas que regem as profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea, é o segundo ponto das iniciativas, que precisam ser regularmente atualizadas diante das necessidades de mercado, e estimular a integração entre os profissionais, caracterizando o aspecto social das entidades.

“Com isso, as associações também podem falar para a sociedade e educá-la sobre a importância de buscar um profissional devidamente formado e regulamentado para as atividades técnicas de construção civil, segurança do trabalho, engenharia de alimentos, agronomia etc.”, argumenta Robles.

O terceiro ponto, por sua vez é a atuação das associações, que têm foco nos municípios ou, por vezes, em regiões, quando agregadas umas às outras em uniões. Isso possibilita a representação assertiva da classe, uma vez que as necessidades locais e regionais são mais facilmente identificadas, podendo ser somadas às demandas apuradas pelos inspetores, representantes da Presidência do Crea-SP distribuídos pelas 645 cidades.

“O grande desafio está na representação do corpo técnico nos municípios e nas regiões para o cumprimento do objetivo final das profissões: oferecer mais segurança à sociedade”, finaliza Fogaça.

No caso do Instituto de Engenharia, entidade com mais de 100 anos de tradição, temos como foco a ajuda neste aprimoramento profissional visando a qualidade de vida da sociedade. A entidade ministra gratuitamente diversas palestras técnicas, coordenadas por suas Divisões Técnicas, além de cursos e projetos, esse último encaminhado aos governos federal, estadual ou municipal.

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