Alunos de projeto social do interior de SP representam Brasil em feira de tecnologia nos EUA

Iniciativa desenvolveu um aparelho de fisioterapia para tratar sequelas da Covid e foi finalista da FEBRACE 2022, a maior feira de ciências e engenharia do Brasil, promovida pela USP.

Iniciativa desenvolveu um aparelho de fisioterapia para tratar sequelas da Covid e foi finalista da FEBRACE 2022, a maior feira de ciências e engenharia do Brasil, promovida pela USP.

Um professor e dois alunos de robótica de Santa Rita D’Oeste, no interior de São Paulo, criaram um aparelho de fisioterapia capaz de fazer o diagnóstico e realizar o tratamento das sequelas respiratórias deixadas pela Covid-19.

O projeto foi finalista da FEBRACE 2022, a maior feira de ciências e engenharia do Brasil, promovida pela Universidade de São Paulo (USP), e agora, vai representar o Brasil na maior feira de tecnologia do mundo em Atlanta, nos Estados Unidos.

Os alunos do grupo vencedor fazem parte de um projeto social criado há sete anos pelo policial militar e professor voluntário Éder Carlos Antoniassi, que atende mais de 40 crianças e adolescentes de escolas públicas.

Entre as atividades do projeto, está a criação de atividades que, de alguma forma, possam colaborar com o bem-estar das pessoas.

“Eu comecei com o projeto robótico por duas coisas: um sonho e uma convicção. O sonho é poder dar uma perspectiva de vida e um futuro melhor para essas crianças. E a convicção de que a educação é o caminho para isso, formar uma sociedade mais justa, para que possamos viver em uma sociedade mais humana”, diz o professor.

Os amigos Ana Elisa Brechane da Silva e Enso Matheus de Carvalho, de 14 anos, descobriram as aulas de robótica em 2019 e, neste ano, desenvolveram o equipamento para auxiliar no tratamento de pacientes que enfrentaram a Covid-19.

O “Incentivador Respiratório Digital” consegue fazer a análise da musculatura respiratória do paciente, o que pode auxiliar o fisioterapeuta a acelerar a recuperação dos pacientes a um custo muito baixo, beneficiando milhares de pessoas.

“Eu espero encontrar oportunidade de estudo, de trabalho e oportunidade para que outras crianças queiram aprender robótica no Brasil”, conta Enso.

Os adolescentes desenvolveram a pesquisa e o projeto durante oito meses, contando com o auxílio do professor. Mas para eles, todo o esforço valeu a pena e já está sendo recompensado.

“É sempre bom a gente fazer o bem usando o nosso conhecimento, o que a gente sabe, para ajudar o mundo”, afirma Ana Elisa.