IE NA MÍDIA – Mudar hábitos e instalar acessórios em casa pode ajudar na economia de água

O Brasil vem enfrentando a pior seca em quase um século e as consequências podem ser vistas na redução nos níveis dos reservatórios das principais hidrelétricas do país, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sul.

Além de um possível retorno do rodízio no abastecimento, como o que ocorreu em 2015, a conta de luz está mais cara.

De imediato, por parte do consumidor, não há muito o que fazer, a não ser tentar diminuir o uso.

A ONU (Organização das Nações Unidas) recomenda consumo consciente de até 110 litros por pessoa, por dia. No Brasil, a média é de 200 litros por pessoa, de acordo com levantamento da ANA (Agência Nacional de Águas) e da WWF-Brasil.

Hábitos e equipamentos Tomar banhos mais rápidos, lavar as mãos e escovar os dentes com a torneira fechada, e lavar a louça e a roupa com o mínimo de água são medidas conhecidas, embora nem sempre adotadas.

Também ajuda fazer uma avaliação sobre o consumo dos eletrodomésticos e de alguns acessórios em casa, que podem ser trocados ou ajustados para evitar o desperdício.

Chuveiros, torneiras, vasos sanitários e máquinas de lavar impactam de forma significativa o consumo residencial, segundo Anderson Costa, coordenador dos cursos de engenharia da Universidade São Judas, em São Paulo.

Veja alguns exemplos:

  • banho de 15 minutos = até 135 litros vaso sanitário
  • até 14 litros em seis segundos de acionamento torneira pingando sem parar
  • 1,5 litro a cada dez minutos torneira aberta por 15 minutos
  • até 117 litros torneira fechada para lavar as mãos e escovar os dentes
  • economia de até 11 litros.

Alguns produtos têm indicado em suas especificações a quantidade de água consumida quando acionados ou em funcionamento. É recomendável escolher os mais eficientes nesse quesito, afirma José Eduardo Cavalcanti, engenheiro químico associado ao Instituto de Engenharia de São Paulo: “Ou seja, que apresentam mecanismos que controlam, por meio de ajustes, a vazão de água, como por exemplo torneiras inteligentes com pressão ou com sensor”.

Vaso sanitário Para ser considerada econômica, a bacia sanitária precisa ter a especificação de 6 LPF (litros por fluxo), segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Para saber se o vaso segue esta classificação, basta levantar o assento e observar se a informação consta ali.

A válvula de descarga pode usar até 50 litros em um único acionamento. Por isso, o ideal é optar pela caixa acoplada com duplo comando.

“Ela (caixa acoplada) gasta 3 litros para líquidos e 6 litros para sólidos”, indica Renata Franco, especialista em direito ambiental e regulatório. “Com a economia, que pode chegar a 40%, a descarga, que é mais cara, pode ser paga em pouco tempo.

Chuveiro e pias

O uso adequado do chuveiro deve começar pela manutenção do aparelho, deixando-o limpo para evitar vazamentos, e é possível usar acessórios para diminuir o fluxo de água.

“Existem redutores de vazão que auxiliam na economia de até 80% da água utilizada”, aconselha Carla Moura, professora de tecnologia em gestão ambiental no Senac-SP.

É viável usar arejadores também nas torneiras de banheiros e cozinha. Se elas estiverem pingando, o reparo é barato e rápido, com a troca do vedante.

Máquinas de lavar

Usar a máquina de lavar roupas sempre cheia é uma das formas de usar menos água. A capacidade do equipamento, geralmente em quilos, está destacada junto com as funções do aparelho.

“Somente esta atitude pode gerar uma economia mensal superior a 50%”, afirma Wagner Carvalho, CEO da W-Energy, empresa especialista em serviços de redução de consumo de água e energia elétrica.

Selecionar o modo econômico da máquina diminui o processo de enxágue, com gasto de água 30% menor.

Fonte: Economia UOL