Nova turbina de correnteza que dispensa o uso de represas pode revolucionar a hidroeletricidade

Uma nova turbina de correnteza é capaz de aproveitar a energia das águas em movimento, dispensando o uso de represas.

A avaliação dessa alternativa em termos técnicos e também econômicos foi realizado por uma equipe da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.

A equipe comparou a técnica “turbinas de correnteza” com a usina de Belo Monte, no rio Xingu, estimando a energia elétrica nos dois tipos de hidroeletricidade.

Outras localidades com as turbinas de correnteza

Além da usina, também foram testadas outras localidades, onde a tecnologia traz resultados ainda melhores.

De acordo com o pesquisador Suyog Chaudhari, em cinco locais selecionados pela equipe, onde barragens estão sendo planejadas, a totalidade da energia poderia ser gerada com as turbinas de correnteza.

Além disso, a geração de energia com essas turbinas seria ainda mais barata em comparação as barragens, devido a custos sociais e ambientais associados às turbinas na corrente do rio.

Nova turbina de correnteza da Natel Energy

Além da equipe da Universidade de Michigan, engenheiros do Laboratório Nacional de Energia Renovável dos Estados Unidos também construíram seu próprio modelo.

Nesse caso, a nova turbina de correnteza já está sendo criada colaboração com a empresa Natel Energy.

A abordagem realizada pelo laboratório inclui não só rios, como também pequenas usinas hidrelétricas e lagoas de armazenamento em cada cachoeira.

A equipe planeja criar um sistema integrado, a fim de atender à demanda de energia regional e também garantir um fornecimento estável.

Esse sistema conta com turbinas de pequeno porte, que possam ser usadas em série com objetivo de aproveitar os fluxos de correnteza dos rios.

A pequena planta hidroelétrica e os tanques em cada ponto da correnteza são gerenciados utilizando controles e sistemas eletrônicos de potência.

De acordo com o projeto da equipe, eles também podem ser gerenciados em conjunto com os outros nós, buscando atender à demanda de energia.

Toda essa flexibilidade permite que a planta não só produza uma energia renovável confiável, como também com um com armazenamento de energia despachável sob demanda.

Como resultado, os operadores do sistema são capazes de integrar a rede outros recursos de energia renovável, como a eólica e a solar.

Fonte: Engenharia Hoje