Escola Politécnica e Sabesp buscam automatizar o ciclo de processamento da água

De acordo com Cícero Couto de Moraes, a parceria entre as duas instituições será nos níveis operacionais, táticos e estratégicos, reduzindo os custos operacionais e dando maior eficiência ao trabalho e tratamento

A automação ajuda na redução de custos, devido à maior eficiência no trabalho e tratamento – Foto: Eduardo Saraiva/A2IMG via Fotos Públicas

A Escola Politécnica (Poli) da USP e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) firmaram uma parceria – oficializada no dia 14 de janeiro – no intuito de atualizar e modernizar a execução dos processos operacionais das atividades desta empresa. Essa modernização ocorrerá em todo o ciclo do processamento da água.

A parceria mostra a união bem-sucedida entre a academia e o setor público. “A Poli já tem essa parceria com a Sabesp desde a década de 1990, através das áreas de hidrologia, das áreas de meio ambiente, e esse trabalho começou com o Programa de Uso Racional de Água (Pura),  programa de tratamento e perdas de água dentro da Cidade Universitária”, explica Cícero Couto de Moraes, professor Escola Politécnica (Poli) da USP.

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor complementa que, depois do Pura, a parceria se expandiu para um setor mais abrangente, o abastecimento público, promovendo o uso racional da água. Com o objetivo de melhorar a padronização de sua rede (cobrindo a cidade de São Paulo, além de sua região metropolitana, ou seja, de 30 a 40 milhões de usuários) e as tecnologias de automação, o projeto Plano de Integração de Sistemas Operacionais (Piso) foi pensado e criado.

Moraes explica que a Poli-USP atua com a Sabesp nos níveis operacionais, táticos e estratégicos. “Se esses níveis não estiverem bem integrados, o sistema como um todo não opera. Todos os níveis devem estar operando conjuntamente e em harmonia para que o todo funcione. E o que significa isso? Significa que, se você tiver um problema de perda, de vazamento, de avaria, uma intercorrência dentro de um processo em uma estação de água ou em uma estação de esgoto, esses sistemas devem ser alarmados e devem ser vistos de uma maneira que, prontamente, eles consigam se recuperar”, detalha o professor.

A automação ajuda na redução de custos, devido à maior eficiência no trabalho e tratamento. Isso pode gerar maior confiabilidade no serviço prestado, maior controle no processo de distribuição da água, o que garante que toda operação do sistema funcione de forma mais adequada. Sendo a terceira maior empresa do mundo na área de saneamento, a Sabesp, em conjunto com a Poli-USP, busca aperfeiçoar seus serviços, dando retorno à sociedade através da prática e aprendizado mútuo.

Fonte Jornal da USP