Mobilidade ainda não é sinônimo de acessibilidade para deficientes

Apenas 4,7% das vias públicas no Brasil possuem rampas para cadeirantes

Mobilidade urbana é um dos assuntos mais problemáticos a serem solucionados, principalmente nas grandes cidades. Ela trata não apenas do deslocamento de pessoas de um ponto para outro, mas reflete o nível de desenvolvimento, de qualidade de vida e bem-estar da população.

Em 2016, o Observatório das Metrópoles do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia divulgou estudo que analisou as 15 principais regiões metropolitanas brasileiras. No índice que vai de zero a um e avalia o bem-estar da população, apenas a cidade de Campinas, interior de São Paulo, foi considerada boa.

Dificuldades de locomoção e acesso fazem parte da vida de muitos deficientes – Foto: StockSnap  via Pixabay

Se a mobilidade urbana de uma maneira geral não é considerada adequada no Brasil, o cenário fica ainda mais descabido para pessoas com algum tipo de deficiência, essas são as mais prejudicadas.

De acordo com o IBGE, os deficientes físicos representam 6,7% da população do Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas e apenas 4,7% das vias públicas possuem rampas para cadeirantes. Menor ainda é o número de guias em calçadas, estabelecimentos e demais vias para cegos.

Sheila Ornstein, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, fala algumas das formas de deslocamento e de todo o aparato necessário para fazer com que a mobilidade seja segura, de boa qualidade e acessível para deficientes.

Ouça no link acima a reportagem completa de Luciano Filho.

Fonte Jornal da USP