Estudantes amazonenses idealizam projeto que auxilia mobilidade de deficientes visuais

Trabalhar a inclusão por meio do auxílio à mobilidade e locomoção de pessoas com deficiência visuais. Este é o propósito do projeto “Boné para auxiliar mobilidade de deficientes visuais em vias públicas”.

Desenvolvido por estudantes da rede pública estadual que integram o Programa Estratégico de Indução à Formação de Recursos Humanos em Engenharias do Amazonas (Pró-Engenharias), o projeto será apresentado na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) que em 2016 será realizada entre os dias 15 e 17 de março na cidade de São Paulo.

No evento, os estudantes da rede pública estadual de ensino também apresentarão o projeto “Tênis Inteligente: monitorando o gasto calórico de acordo com a quantidade de passos”.

Um dos coordenadores dos projetos, professor Wadson Benfica, explicou que os ‘produtos científicos’ foram resultados da ação pedagógica do programa (Pró-Engenharias) que oferece fundamentos para os estudantes na área de ciências exatas buscando associar teoria e prática. “Teoria e prática são contempladas pelo programa que é voltada para estimular as potencialidades dos estudantes da rede pública para as ciências exatas, especialmente para as engenharias”, disse o professor.

Segundo Wadson Benfica, o primeiro projeto – Boné para auxiliar na mobilidade de deficientes visuais em vias públicas – foi pensado para auxiliar a locomoção das pessoas com limitações físicas, sobretudo, em locais com difícil acesso.

O protótipo do boné que será apresentado na Feira, explica o professor, possuirá um sistema eletrônico composto por “uma placa de circuito integrado interligado a um sensor ultrassônico sensível a uma distância de até dois metros. Contempla também um fone de ouvido que recebe sinal para detectar algum obstáculo, informando à pessoa quando estiver próximo de algum obstáculo, prevenindo possíveis acidentes”, explicou o professor.

O projeto contou com a participação dos alunos, Alexsandro Brito, da escola estadual José Milton Bandeira; Gabriel Teixeira, da escola estadual Senador João Bosco Ramos de Lima e Gabriel dos Santos, da escola estadual Liberalina Weill.

O segundo projeto, “Tênis inteligente: monitorando o gasto calórico de acordo com a quantidade de passos”, busca colaborar com os que pretendem alcançar uma maior qualidade de vida, especialmente com os que não realizam atividades por conta da rotina excessiva de trabalho.

O sistema integrado do tênis, de acordo com o professor Wadson Benfica, calcula a quantidade de passos dados por uma pessoa e converte a informação em valores de gastos calóricos. “Ele funciona com mecanismo eletrônico sensível à flexão, adaptado a uma palmilha e envia para uma placa de circuito integrado. A placa, por sua vez, envia para um aplicativo no smartphone, que calcula a quantidade de gasto calórico a partir dos passos efetuados e apresenta o resultado para o usuário, que pode saber a distância percorrida e a quantidade de calorias eliminadas durante a atividade executada”, explicou o professor.

O projeto teve a participação dos alunos Helmer Rodrigues e Julis de Araújo, da escola estadual Waldocke Fricke de Lyra (3º CMPM) e Manassés de Souza, da escola estadual Castelo Branco.

Febrace

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) é uma das maiores feiras científicas para estudantes do Brasil. No evento são apresentados projetos inovadores nas diversas áreas da engenharia.

A Feira é realizada e coordenada pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e tem como objetivos estimular novas vocações na área, aproximar as escolas públicas e privadas das Universidades e criar uma oportunidade para os jovens entrarem em contato com diferentes culturas e estarem próximos de reconhecidos cientistas.

Autor: A Crítica.com