Segurança no trânsito, um desafio, um compromisso

O Governo do Estado de São Paulo convida a todos para assumir um compromisso: reduzir significativamente o número de mortos e feridos por acidentes de trânsito, que hoje matam por ano no Estado cerca de 7 mil pessoas e provocam a internação de outras 40 mil. Essa situação faz com que, atualmente, os acidentes por transporte terrestre sejam a principal causa externa de mortes. 

Com o objetivo de mudar esse cenário, o governador Geraldo Alckmin lançou recentemente o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito. O que queremos é atingir algo semelhante àquilo que São Paulo conseguiu na área da segurança pública: a forte redução da taxa de homicídios, que hoje é cerca de um terço do que era no início dos anos 2000. 

O Estado já possui uma das mais baixas taxas de mortes por acidentes de trânsito do País, resultado dos esforços de todos os paulistas, nas cidades e nas rodovias –que são consideradas, em diversas e sucessivas avaliações, como as melhores do País. Mas, não é possível, claro, considerar satisfatório esse quadro, já que os acidentes ainda são a principal causa externa de óbitos no Estado. É preciso fazer mais e melhor, para que cada vez menos famílias sofram com a dor e os prejuízos causados pela perda ou ferimento grave de um ente querido. 

O período entre 2011 e 2020 foi definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como a Década de Ações para Segurança no Trânsito, tema que será discutido por especialistas da área e pelos países membros da ONU durante a 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados, nos dias 18 e 19 de novembro em Brasília (DF). O Brasil se comprometeu a reduzir ao menos pela metade a quantidade de pessoas que perdem a vida em acidentes terrestres. 

O Governo de São Paulo assume o compromisso de cumprir a sua parte, com o desenvolvimento de um sistema de informações sobre mortes e acidentes no trânsito a fim de mapear pontos críticos e implantar medidas para reduzir as ocorrências. Além disso, apoiaremos os municípios na atuação em segurança viária, faremos a ampliação estrutural e técnica do Grupo de Resgates e Atenção às Urgências e Emergência (Grau) –a “tropa de elite” do resgate médico de São Paulo–, criaremos o primeiro Centro de Trauma do Estado, na capital, promoveremos campanhas educativas de conscientização e mobilização social, implementaremos a formação em educação para o trânsito aos professores da rede pública estadual e intensificaremos ainda mais a fiscalização e a autuação de condutores infratores, em especial a direção sob influência de álcool, entre outras iniciativas.
Um comitê gestor, composto por nove órgãos estaduais, entre eles o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), foi criado para coordenar as ações do programa. 

É preciso, contudo, franqueza no trato dessa questão: só conseguiremos obter o resultado desejado, se houver o engajamento dos diferentes níveis de governo e dos diversos setores, públicos e privados, junto com toda a sociedade. Dessa forma será possível, além de ações mais efetivas em reduzir vítimas, realizar uma verdadeira transformação cultural que seja base de um comportamento mais responsável e seguro no trânsito. Todos juntos, podemos fazer um trânsito melhor!

Marcos Monteiro
Secretário de Planejamento e Gestão do Estado de São Paulo

Daniel Annenberg
Diretor-presidente do Detran SP

Autor: Por Marcos Monteiro, Secretário de Planejamento e Gestão do Estado SP, e Daniel Annenberg, Diretor-presidente do Detran SP